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Não tirar conclusões precipitadas é o mais difícil dos 4 compromissos

Por tirarmos conclusões precipitadas, muitas vezes acabamos levando as coisas para o lado pessoal, o que não nos favorece em nada

atualizado

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1 de 1 bela jornada - Foto: @indigo/Reprodução

Seguindo na análise dos quatro compromissos, do livro tolteca escrito por Don Miguel Ruiz, hoje iremos analisar o terceiro, que é: “Não tire conclusões”.

Depois de analisarmos o primeiro e o segundo compromissos – “Seja impecável com suas palavras” e “Não leve nada para o lado pessoal” –, agora vamos falar sobre esse que parece ser fácil no campo das ideias, mas que, na hora de botar em prática, pode ser mais difícil do que parece.

Este acordo está intimamente ligado ao segundo, pois, por tirarmos conclusões precipitadas, muitas vezes acabamos levando as coisas para o lado pessoal.

Don Miguel coloca isso de forma muito mais eloquente, e é por isso que eu vou usar seus argumentos da forma como ele expressa. Segundo o autor, temos uma tendência a tirar conclusões sobre tudo, acreditando se tratar da verdade. Fazemos suposições sobre o que os outros estão fazendo ou pensando, e “levamos isso a sério”. Assim, os culpamos pelo que supomos estarem fazendo ou pensando.

Fazemos montanhas de montículos e criamos conflitos onde não há nenhum, tirando conclusões e levando as coisas para o lado pessoal.

Se os outros nos dizem algo, tiramos conclusões, e, se elas não nos dizem algo, também o fazemos para satisfazer nossa necessidade de conhecer e substituir a comunicação.

Não temos o direito de colocar palavras nas bocas dos outros só por que não as ouvimos corretamente ou por que tiramos uma conclusão com base em nossa opinião sobre aquela pessoa

Don Miguel adverte ainda: as coisas que levamos conosco em nossas cabeças (os toltecas chamam isso de Mitote) nos fazem interpretar e entender tudo de maneira errada. Nós só vemos o que queremos ver e ouvimos o que queremos ouvir. Fazemos a suposição de que todos veem o mundo da maneira que nós vemos.

Todos nós temos nosso próprio conjunto de acordos que fizemos com nós mesmos, e esses acordos afetam a maneira como vemos o mundo. Nós somos seres humanos únicos, com uma visão única do mundo, e não devemos colocar nossas opiniões sobre os outros, já que é isso que fazemos quando tiramos conclusões.

Em relacionamentos amorosos isso certamente é um problema. Frequentemente, supomos que nossos parceiros sabem o que pensamos e não precisamos, portanto, dizer o que queremos. Nós concluímos que eles vão fazer o que queremos, porque eles nos conhecem muito bem.

Entenda: o que quer que seu parceiro/amigo esteja fazendo, é a coisa perfeita para eles estarem fazendo em sua versão do mundo. Eles fazem o melhor que podem. Só por que não cabe no seu mundo não significa estar errado.

Imagine se um dia você deixa de tirar conclusões sobre seu parceiro(a) e todas as outras pessoas? Sua maneira de se comunicar mudará completamente e seus relacionamentos deixarão de sofrer conflitos criados por suposições equivocadas. E ainda tem mais: quando você não tira conclusões, sua palavra se torna impecável e você não levará nada para o lado pessoal.

Tornar-se consciente desses hábitos e desses acordos que fazemos com nós mesmos, é o primeiro passo. O segundo é botar em prática. A ação é o que realmente faz a diferença. Agir de novo e de novo fortalece sua vontade, alimenta a semente e permite que ela cresça

E, finalmente, não leve ninguém ou algo muito a sério: “Muitas vezes nos machucamos porque levamos a vida muito a sério! Ilumine-se! A vida está aí para ser desfrutada, por isso, não leve as coisas para o lado pessoal nem presuma que a intenção não foi gentil”.

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