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Humans can fly. Ou, em bom português: humanos podem voar

Quais serão as maiores mudanças e como posso me adaptar a elas na transição do mundo para uma nova era hiperconectada e de despertar?

atualizado

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Muito se fala sobre os novos tempos. Empregos que não existirão mais, pessoas despertando para suas missões, valores e paradigmas sendo redefinidos.

Mas quais serão as maiores mudanças e como posso me adaptar a elas? Motivada por essa pergunta e em busca de inspiração, compareci ao fórum de palestras do grupo Humans Can Fly.

O evento era baseado na transição do mundo para uma nova era, onde a tecnologia, a interconexão e o conhecimento avançam em saltos exponenciais, trazendo o despertar para novas atitudes e comportamentos.

Nas palestras sobre inovação, tendências, sustentabilidade, valores, princípios, comunicação, liderança, entre outros temas, tivemos a oportunidade de ouvir pontos de vista e deixar aflorar a nossa criatividade para se integrar à mudança.

Luah Galvão, uma das idealizadoras e palestrantes, iniciou o ciclo com o tema Transição para a Era de Ouro: Era das virtudes. Entre muitas informações, iniciou com a física moderna, mencionando Nassim Haramein, o conceito de impermanência e a volta que a Terra dá ao redor do Sol, a qual nunca parte do mesmo lugar. A partir disso, criticou a resistência humana a mudanças. Destacou: para a “era de ouro” realmente chegar, a humanidade deve evoluir através de um salto quântico coletivo, sob pena de colapso.

Depois, apresentou a visão integralista do psicólogo Ken Wilber sobre o mundo. Segundo ele, não se divide mente, corpo e espírito, assim como o eu, o outro e o meio externo. Entre outros estudos, Wilber diz que o ser humano tem três processos evolutivos: o egocêntrico, quando a pessoa faz e vive pensando somente em si; em um grau um pouco maior de evolução, temos o etnocêntrico, que cuida somente do grupo no qual o indivíduo vive; e, por ultimo, o mundiocêntrico, onde todas as ações são voltadas para o bem do coletivo e do planeta, sendo este último um tipo em expansão.

Por fim, nos contou um pouco sobre os criativos culturais, pessoas com maior grau de consciência e que estão fazendo uma revolução silenciosa. Elas decidem, por si só, ter uma alimentação mais saudável, alterar o próprio consumo, separar o lixo, mudar de trabalho para ancorar suas missões e propósitos, ajudar o próximo, entre outras atitudes.

Luah Galvão comparou os criativos culturais com os jovens da revolução de 1960, que se fecharam em suas comunidades e tinham até mesmo preconceito com quem não tinham o mesmo grau de consciência. Afirmou que diferente deles, o criativo cultural respeita o momento de evolução de cada um mas também não têm interesse em catequizar ninguém. Se perguntados, eles chutariam que de 3 a 5% dos grandes centros de países como Austrália, Estados Unidos, Canadá, entre outros, são igual a eles, sendo que, pasmem: Já são quase 30%.

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Logo depois, foi a vez de Sabina Deweik falar dos paradigmas e das tendências que vão nortear o mercado e a sociedade do futuro. Ela iniciou comparando e nomeando as economias de 1980, a qual apelidou de “economia do olho”, com a atual ,“economia da língua”, para entender o comportamento humano.

Segundo ela, estamos deixando algumas crenças para trás, como a economia da visibilidade, do status, da publicidade persuasiva, onde os grandes gurus da década de 1980 eram os designers de moda. Tratava-se de um paradigma individual, fragmentado, de fora para dentro.

Estamos em uma transição para a economia da experiência, do compartilhamento, da credibilidade, autenticidade, transparência e da conexão, sendo que os chefs de cozinha são os gurus da atualidade, justamente pela questão sensorial e da autoexpressão

Sabina destaca que estamos passando para uma era mais feminina, onde emoção, empatia e intuição sobrepõem resolução, estratégia e competitividade. Para demonstrar, finalizou compartilhando um vídeo sobre as palavras-chave mais procuradas no Google em 2017.

Depois, foi a vez de Thiago Franzão apresentar seu ponto de vista sobre princípios e valores dentro do conceito de gestão e liderança nas empresas. Para ele, uma boa liderança é pautada em três pilares: pessoas, resultados e imagem da empresa.

Um ambiente de trabalho ruim pode diminuir a expectativa de vida em 33 anos e, como líder, não queremos ser cocriadores de doenças em nosso semelhante. Daí a importância de uma liderança humana, gerando um ambiente mais agregador, positivo, seguro e motivador

Segundo Franzão, as maiores qualidade que um líder deve possuir são: altos padrões de valores; obediência a uma coerência; e ser o grande exemplo para seus subordinados. Deve dar feedbacks periódicos, honestos e claros, sempre fazendo questão de emponderar o seu time. Tratar todos com cordialidade e respeito. Bons líderes nunca são temidos e, acima de tudo, devem ter humildade e moral para assumir os riscos e a culpa pela equipe.

A apresentação foi finalizada com a apresentação de trecho do documentário From Business to Being disponível na Netflix, no qual o alemão Rudolf Wötzel, funcionário de um grande banco de investimentos, se emociona ao definir sucesso:

Sucesso significa rir regularmente e várias vezes, ganhando o respeito de pessoas inteligentes e a admiração das crianças. Ganhando o reconhecimento de críticos honestos e suportando a traição de falsos amigos. Admirar a beleza, encontrar o melhor nos outros. Deixar o mundo um pouco melhor, seja por meio de uma criança saudável, um pequeno jardim ou uma pequena contribuição para tornar a sociedade melhor. Saber que a vida de pelo menos outra pessoa foi mais fácil, porque você viveu. Isso significa que você não viveu em vão.

Espero que, assim como eu, vocês também possam se inspirar e fazer parte da estatística da nova era.

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