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Destinos místicos: encontre sua energia vital na Chapada dos Veadeiros

É impossível não sentir a vibração de São Jorge e Alto Paraíso, sendo ou não esotérico. Viagem inclui visual e cachoeiras de tirar o fôlego

atualizado

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Imagem cedida ao Metrópoles
Chapada dos Veadeiros (GO)
1 de 1 Chapada dos Veadeiros (GO) - Foto: Imagem cedida ao Metrópoles

Sabe aqueles lugares no mundo que, só de chegar, a gente sente que nossa energia muda?

Ir para a Chapada dos Veadeiros, para mim, é como fazer uma viagem para outra dimensão. A frequência vibratória da região é tão diferenciada – o parque, para quem não sabe, fica em cima de uma enorme placa geológica de cristais – que, até quem não liga para assuntos místicos ou de energia, sente.

A melhor época para visitar, na minha opinião, é entre maio e setembro, época da seca. Os dias têm temperatura amena e céu de brigadeiro, o que torna a experiência ainda mais especial.

O misticismo em torno da Chapada se dá, principalmente, pela quantidade surreal de cristais de quartzo e outras pedras, o que faz dela um dos principais centros energéticos do planeta. Além disso, o lugar é atravessado pelo famoso paralelo 14, o mesmo que passa por Machu Pichu, outro destino místico.

Arquivo Pessoal
Estrada de terra e céu estrelado: cenário da mística Chapada dos Veadeiros

Ali, moram cerca de 40 grupos esotéricos, filosóficos e espirituais – o que faz ser um ambiente de muita consciência coletiva. O lugar possui uma vegetação linda e única, com cerca de 2 mil cachoeiras catalogadas.

Estudiosos afirmam que a região existe há mais de 1,4 bilhões de anos e, curiosamente, é a área com maior luminosidade vista da órbita da terra, segundo a Nasa (Agência Especial Norte-Americana).

O interesse pela região aumentou muito nos últimos anos, principalmente por aqueles que buscam uma integração com a natureza e, consequentemente, consigo. Acredite, a Chapada traz naturalmente percepções de ordens internas e contemplações gerais.

Alto paraíso é a principal cidade da região, e conta com muitas opções de restaurantes, bares e pousadas. A pouco mais de 30km de Alto fica São Jorge, um povoado calmo e muito charmoso.

Já tive a oportunidade de me hospedar em alguns lugares da Chapada e, se você está buscando opções, pode se interessar:

Arquivo Pessoal
Alto e São Jorge têm pousadas charmosas, integradas ao meio ambiente, com conforto e muita energia positiva

Imagine se hospedar em uma casa de frente para um vale, em área de 17 hectares – portanto, sem vizinhos –, com arquitetura impecável, feita com materiais da região e decoração mística, acolhedora e chic. Tudo isso elaborado pela arquiteta, artista plástica e dona, Janet Vollebregt, holandesa que construiu o templo para si e para sua família e morou ali durante alguns anos.

Essa é a Casa Alto Paraíso (confira o Instagram),  meu lugar preferido na Chapada. Em cada canto, em cada olhar, a Janet, com sensibilidade e amor, nos presenteia com sua arte, sendo o cristal o principal componente, além de objetos xamânicos e regionais. A casa possui três quartos e dois banheiros grandes, uma jacuzzi e spa com sauna natural, feito em área perto de uma nascente, dentro do terreno.

Para quem quiser opção um pouco mais em conta, a Janet construiu duas casinhas de madeira, super charmosas.

Pousada Maya, localizada a poucos metros da rua principal de Alto, também é uma alternativa. O ambiente é pequeno e possui quartos com camas grandes e muito confortáveis.

Para quem quer ter uma experiência mais nativa, com conforto e preços acessíveis, a Casa Gengibre aluga pequenas residências equipadas com sala e cozinha. É super charmosa.

Em São Jorge, me hospedei na Pousada Bambu Brasil e gostei muito. Possui um ambiente acolhedor, quartos aconchegantes e tarifas acessíveis.

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Em relação às cachoeiras, todas são especiais e vale a visita. Vai depender do que cada um gosta: nível de dificuldade, tamanho de queda d’água… Tem opções para todos os gostos.

A Cachoeira do Segredo é uma das minhas paixões. O acesso se dá por meio de uma trilha de nível médio, porém grande, diretamente proporcional à grandeza do lugar. É realmente sensacional, e, no caminho, é possível nadar em várias piscinas naturais.

Outro passeio legal é a trilha do parque nacional, que dura algumas horas até chegar em uma imensa piscina natural com uma super queda d’água. É bom lembrar que a entrada no parque só é permitida até o meio-dia, e é recomendado levar lanche e água.

Caso prefira uma opção mais perto de Alto Paraíso, recomendo a Cachoeira dos Arcanjos, dentro de um povoado chamado Moinho.

É claro que não poderia deixar de mencionar a famosa Cachoeira Santa Bárbara, localizada a uma hora de carro de Alto, e que possui um poço azul turquesa. A estrada até lá é deslumbrante: já vale o passeio!

 

Arquivo Pessoal
Não faltam opções para boas refeições: de comida goiana tradicional à culinária internacional

A cultura gastronômica de Alto se baseia principalmente na cozinha natural, orgânica, vegetariana, regional e com muito sabor.

Meu restaurante favorito é o Cravo e Canela, que tem opções de lanches e um sanduíche que nunca comi outro tão bom na vida: o Sanduflor, com pão feito no local, hambúrguer de grão de bico, brotos germinados, queijo, salada e molho.

Outro lugar que gosto muito é o Coisas da Drica, empório que vende produtos locais, objetos místicos, roupas e livros, além de ter um restaurante com opções vegetarianas muito boas.

Para quem gosta de buffet, o almoço no Alquimia do Sabor é uma experiência como o próprio nome diz. Vale experimentar as opções de sucos das frutas do cerrado.

Para jantar, as opções do Jambalaya, em São Jorge, são ótimas.

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Poderia passar horas falando sobre esse lugar tão especial. Lá, você literalmente se desconecta do mundo e se conecta consigo e com a natureza.– o sinal do celular não funciona, ou o faz com grande dificuldade.

Espero que gostem e, para quem ainda não foi, #FicaADica!

 

 

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