Governo lança campanha para “reverter má imagem” do Brasil no exterior

Estratégia será implementada devido às críticas sobre as recentes queimadas na Amazônia. A peça publicitária se chama Brazil by Brasil

Thayná Schuquel
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A Secretaria de Publicidade da Presidência da República iniciará uma campanha mundial de comunicação voltada a reverter a má imagem do Brasil no exterior, a partir da semana que vem, devido às recentes queimadas na Amazônia. Os detalhes da estratégia foram apresentados pelo secretário de Publicidade do governo, Glen Valente, durante audiência nesta quarta-feira (11/09/2019) na Comissão de Agricultura (CRA).

“O esforço começa na semana que vem e será uma campanha permanente, sem data pra acabar. Nossos leads serão meio ambiente e agronegócio. Mapeamos notícias negativas sobre o Brasil no mundo todo, inclusive em redes sociais, continuaremos a monitorar este noticiário que não corresponde à realidade e vamos combatê-lo diretamente”, declarou Valente.

A estratégia, que se chama Brazil by Brasil, terá como foco a disseminação de informações nas redes sociais, mas também em veículos de TV e rádio.

As peças publicitárias destacam que o Brasil é o único país do mundo que tem um Código Florestal e que o agronegócio brasileiro alimenta 1,2 bilhão de pessoas no mundo todo, explorando apenas 7,8% do seu território.

Críticas à Europa
O consultor de Meio Ambiente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Rodrigo Justus, afirmou estar perplexo com as “lições de moral” que países europeus dão no Brasil.

“A área protegida na Amazônia equivale a 17 países da União Europeia. Isso não é pouco, especialmente quando nos lembramos que a Europa devastou 99,3% de toda a sua vegetação nativa. Cá entre nós, é realmente surreal eles nos criticarem tanto. Precisamos mesmo melhorar nossas estratégias de comunicação”, avaliou.

Justus ainda criticou o fato de a Nestlé estar avaliando se manterá a compra de produtos brasileiros. “Se a empresa suíça boicotar nossa produção, chegou a hora de defender que ela seja banida do mercado consumidor brasileiro”, disse.

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