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Feliciano para ministro Luiz Eduardo Ramos: “Governo premia quem trai”

Ministro da secretaria de Governo da Presidência nomeou deputado do DEM para a Codevasf

atualizado

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Antonio Augusto / Câmara dos Deputados
Marco Feliciano
1 de 1 Marco Feliciano - Foto: Antonio Augusto / Câmara dos Deputados

O pastor Marco Feliciano (Podemos-SP), aliado de primeira hora do presidente Jair Bolsonaro (PSL), não gostou da nomeação de Marcelo Andrade Moreira Pinto, indicação do deputado Elmar Nascimento (DEM-BA), para a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Paranaíba (Codevasf).

“Governo premia quem trai e passa mau exemplo a quem é fiel”, disparou Feliciano, em ataque direto ao ministro Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo da Presidente (Segov), responsável por coordenar as indicações a cargos no governo.

O parlamentar do Podemos justificou que o colega Elmar Nascimento recebeu o cargo mesmo tendo chamado de “canalha e laranjal” o governo de Bolsonaro. “Dizendo ainda que mesmo com seu indicado na presidência da estatal ele e o DEM ñ tem compromisso em formar a base do Governo”, completou Feliciano nesta sexta-feira (13/09/2019), em rede social.

Feliciano é um dos líderes da chamada “bancada evangélica” e vem sendo cotado para a vice-presidência nas próximas eleições, em 2022. Ainda no ataque, o pastor citou uma entrevista do ministro Luiz Ramos, que disse estar querendo formar uma base do governo no Congresso. Ao jornal O Estado de S. Paulo,  ele disse que o “namoro” para formar a base do governo no Parlamento está na fase de “levar ao cinema”. “Se o namoro já é cheio de traições e ingratidão, como será esse casamento?”, questionou Feliciano.

“Governo premia quem trai e passa mau exemplo a quem é fiel! Como todo traído, vai ser o último a saber”, finalizou Feliciano. O ministro-chefe da Segov da Presidência tem como atribuição, segundo o próprio site, assistir o presidente “no relacionamento e na articulação com as entidades da sociedade”.

Bolsonaro decidiu transferir, em junho, as responsabilidades da Casa Civil, do ministro-chefe Onyx Lorenzoni, para a Secretaria de Governo, assumida pelo general Luiz Eduardo Ramos. A decisão foi publicada em medida provisória, a MP 886, no Diário Oficial da União.

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