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Taís Araújo e Lázaro Ramos vão ao velório de Elza Soares: “Honrá-la”

A atriz já viveu a cantora, que morreu na última quinta-feira (20/1) aos 91 anos, em um filme sobre a história de Garrincha

Taís Araújo e Lázaro Ramos foram ao Theatro Municipal do Rio de Janeiro, na tarde desta sexta-feira (21), para o velório de Elza Soares, que faleceu em sua casa, aos 91 anos. A atriz já viveu na pele da cantora no filme do cinema nacional Garrincha – Estrela Solitária, de 2005

Lázaro Ramos faz homenagem emocionante a Elza Soares.

Ao chegar ao local, visivelmente abalada, Taís falou sobre o legado da cantora. “Cabe a gente honrar a história dela, a vida que ela teve e a arte que ela deixa”, pontuou. “Tenho a sensação que ela preparou o terreno para as gerações seguintes. É óbvio que  a gente queria que não tivesse uma vida tão dura e de tanta luta, mas foi uma vida de glória também. A gente tem que lembrar de tudo o que ela conquistou para que a gente tenha uma caminhada mais leve”, completou.

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Elza Gomes da Conceição nasceu na favela carioca de Moça Bonita, em 23 de junho de 1930
Aos 91 anos, no dia 20 de janeiro de 2022, Elza faleceu de causas naturais, em casa. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da cantora
Ao todo, Elza teve sete filhos. Aos 21 anos, Elza já era viúva do primeiro marido e tinha perdido dois de seus filhos, que morreram de fome
"A amada e eterna Elza descansou, mas estará para sempre na história da música e em nossos corações e dos milhares fãs por todo o mundo. Feita a vontade de Elza Soares, ela cantou até o fim"
Mesmo com a dor, Elza presenteou o mundo com seu jeito único de cantar. Ela se tornou uma das maiores cantoras da história da música popular brasileira. Iniciou a trajetória nos concursos de rádio, no anos 1950. Nas décadas seguintes, construiu uma grande trajetória no samba
Ao longo da brilhante carreira, Elza Soares lançou 34 discos e, nos anos mais recentes, aproximou-se de sons contemporâneos, como o hip-hop e a música eletrônica
O disco A Mulher do Fim do Mundo foi eleito pelo jornal The New York Times como um dos 10 melhores do ano de 2016. O último álbum dela foi Planeta Fome, lançado em 2019
Em 1963, ela gravou a canção Eu Sou A Outra, sobre o assunto, sacudindo a sociedade conservadora do Brasil
A morte da cantora ocorre exatos 39 anos depois da morte de Garrincha, com quem ela foi casada
Elza Soares e Garrincha, ídolo do Botafogo, viveram um romance cheio de altos e baixos de 1966 a 1982. O relacionamento entre eles começou escondido, pois Garrincha era casado na época e a cantora foi taxada de amante do jogador e responsável pelo fim do matrimônio anterior dele.A paixão entre os dois durou 17 anos e eles tiveram um filho, Júnior, que morreu em 1986, em um acidente de carro

Já Lázaro Ramos, que já havia publicado uma homenagem para a cantora no dia de sua morte, também ressaltou a importância de Elza Soares. “É difícil definir Elza. Ela só trouxe exemplos para nós. Todas as gerações se apaixonaram por Elza em algum momento da nossa filha aos nossos pais. É difícil falar sobre ela em poucas palavras”, disse ele.

Além deles, outros famosos também se solidarizam com a morte da cantora, como a atriz Cacau Protásio. “Vai com Deus mulher maravilhosa! O céu está em festa hoje pra te receber, pena que o nosso café não deu tempo, mas a chamada de vídeo no Ano-Novo me fez a mulher mais feliz da vida. Deus conforte os corações de todos os familiares e fãs. Nós te amamos. Você já deixa saudades”, escreveu.

Trajetória

Nascida no subúrbio do Rio de Janeiro, em uma favela onde hoje está situada a Vila Vintém, Elza da Conceição Soares é filha de um operário com uma lavadeira. Ela começou a cantar com o pai, que gostava de tocar violão nas horas vagas. A carreira começou nos anos 1950, quando a carioca fez o seu primeiro teste na Rádio Tupi, no programa de calouros Ary Barroso, tendo ficado em primeiro lugar.

Em 1959 foi contratada para trabalhar na Rádio Vera Cruz. Em 1960, atuou no Festival Nacional da Bossa Nova e, três anos mais tarde, Elza foi a representante do Brasil na Copa do Mundo no Chile. Era o início de uma trajetória invejável que levou Elza a ser reconhecida nos anos 2000 pela BBC de Londres como a Melhor Cantora do Universo. Ao longo de sete décadas, Elza presenteou o público com vários sucessos, entre eles Dentro de Cada Um, Exú nas Escolas, A Carne, Mulher do Fim do Mundo e Língua.

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