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Witzel quer ser opção do PSL para a Presidência em 2022

Governador, que vive cenário turbulento com a legenda do presidente, começa a se posicionar pregando diálogo e fim da polarização

atualizado

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Tânia Rêgo/Agência Brasil
Wilson Witzel
1 de 1 Wilson Witzel - Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), criticou indiretamente o presidente Jair Bolsonaro ao dizer que a política brasileira ainda não abandonou o palanque das eleições do ano passado. O governador, que confirma a intenção de concorrer à Presidência em 2022, pregou a “união do país” e, ao analisar o cenário que se desenha para o pleito, disse que gostaria de ser uma opção para o próprio PSL de Bolsonaro, com o qual está em conflito.

“Em 2022 nós temos que avaliar o cenário: como vai estar o Bolsonaro, como vão estar os outros candidatos”, divagou. “Eu gostaria de ser também uma opção [de apoio] para o PSL.

Witzel esteve na sede do BNDES, no Rio, onde fez palestra na abertura do Fórum Nacional. Com discurso centrado em temas nacionais, disse que o país perde quando a política “permanece polarizada”. Em tentativa de se colocar como um contraponto ao governo Bolsonaro, falou pelo segundo dia seguido que tem um projeto de Brasil.

Diálogo e combate à intolerância
Como símbolo da união que prega, Witzel sugeriu um aperto de mão com o petista Wellington Dias, governador do Piauí, que participou do evento a seu lado. O gesto de conciliação é uma forma de se desvencilhar do radicalismo de Bolsonaro e se posicionar como um candidato mais moderado que o atual presidente, a exemplo do que vem fazendo o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

Após a palestra de Dias, Witzel voltou a tomar a palavra e disse que, guardadas discordâncias ideológicas, é preciso manter o diálogo. “Não podemos levar para a intolerância. Tenho um filho trans, que faz parte do movimento LGBT, embora meu partido seja um partido cristão”, afirmou, com a voz embargada, o governador do Rio, que também chamou de “lambança” a ação do prefeito Marcelo Crivella na Bienal do Livro.

No início desta semana, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), que preside o partido no estado, determinou o desembarque da legenda do governo Witzel. A ordem inclui tanto a base aliada na Assembleia Legislativa, a Alerj, quanto cargos na gestão. Até agora, porém, ninguém renunciou. Nessa quarta-feira (18/09/2019), Flávio deixou claro que quem quiser continuar como aliado do governador deve se desfiliar do PSL.

Witzel comentou, na manhã desta quinta (29/09/2019), que as portas do PSC estariam abertas para eventuais descontentes com a ordem do senador. “Os deputados do PSL são excelentes quadros e serão bem-vindos”, afirmou. O governador disse ter ficado surpreso com a decisão de Flávio, que será procurado para conversar sobre o assunto.

A discordância, que até semana passada se limitava aos bastidores, explodiu quando Witzel fez críticas a Bolsonaro em entrevista ao canal GloboNews e negou que tenha sido eleito na esteira do bolsonarismo em 2018. Ele tinha 1% das intenções de voto no início do período eleitoral.

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