Quando Fabrício Queiroz foi encontrado pela polícia morando em um escritório seu, em junho, o advogado Frederick Wasseff garantiu que tinha ajudado o o ex-assessor da família Bolsonaro por razões humanitárias e que “nunca, jamais” deu auxílio financeiro a ele.
Essa versão é contestada por reportagem do jornal O Globo publicada nesta terça-feira (25/8), que registra pagamento de R$ 10,2 mil para o urologista Wladimir Alfer, do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
Alfer foi médico de Queiroz, que fez uma cirurgia na unidade no início de 2019 e pagou R$ 133,58 mil pelo tratamento, em espécie.
Wassef e o médico não deram suas versões sobre o pagamento, registra a matéria do Globo.
A informação foi obtida de um relatório do Conselho do Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que foi enviado para o Ministério Público Federal no Rio, Ministério Público do Rio Polícia Federal em 15 de julho, ainda segundo o jornal.
Queiroz, que cumpre prisão domiciliar, teve câncer no intestino e se tratou na capital paulista – motivo pelo qual Wassef diz ter colocado imóveis seus à disposição do ex-PM.
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Outra denúncia de que Wassef, que deixou a defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos/RJ) após a prisão de Queiroz, também deu ajuda financeira foi veiculada em junho pelo Jornal Nacional.
Segundo o programa, três testemunhas afirmaram que na madrugada do dia 25 para o dia 26 de dezembro de 2018, Queiroz ficou no Hotel Faro, em Atibaia, onde chegou acompanhado de Wassef. Uma pessoa que trabalhava no hotel afirmou que o advogado pagou as diárias em dinheiro.