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Vítima da Baker recebe alta com sequelas: “Quero justiça”

Cervejas da marca são apontadas como causa da intoxicação de 38 pessoas por dietileglicol no fim do ano passado, seis das quais morreram

atualizado

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Uma das 38 pessoas contaminadas após consumir produtos da cervejaria Backer no fim do ano passado teve alta hospitalar nesta sexta-feira (06/03) após mais de dois meses internado. Cristiano Mauro Assis Gomes voltou para casa, em Belo Horizonte, mas está longe de ter recuperado a saúde. Ele perdeu os movimentos de músculos da face, fala com dificuldade, terá de fazer hemodiálise e tomar remédios para hipertensão.

Em entrevista à TV Globo mineira, o professor universitário de psicologia se mostrou muito magoado com o tratamento recebido por parte da empresa. “Enquanto a Backer não nos atende, da maneira como vem fazendo, reforço meu desafio de luta. Quero ver até onde ela vai sem se sensibilizar e quando será uma empresa um pouco justa. Eu não quero dela humanidade, mas eu quero justiça. Ela é responsável por tudo o que aconteceu”, disse.

O homem ficou internado por 71 dias, desde a véspera do natal passado, e chegou a perder 11 kg.

Segundo a esposa da vítima, a Backer não ofereceu assistência em nenhum momento. Ela disse que a família sempre foi bem atendida como cliente da cervejaria, mas o quadro mudou quando eles passaram à condição de vítimas.

Histórico
As autoridades investigam ao menos 38 casos de contaminação por cervejas da Backer, com sede em Minas Gerais. A maioria das vítimas bebeu a cerveja Belorizontina. Foram identificados 53 lotes contaminados com uma substância tóxica chamada dietilenoglicol.

Seis pessoas morreram em decorrência da contaminação.

A cervejaria Backer não se posicionou sobre as declarações do casal.

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