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Vereador quer fim do isolamento: “Não há marido que aguente”

Delegado Wellington, de Campo Grande, defende abertura do comércio para que salões de beleza funcionem e mulheres possam fazer unha e cabelo

atualizado

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O vereador de Campo Grande Delegado Wellington (PSDB-MS) afirmou nesta terça-feira (07/04) que “não tem marido nesse mundo que aguente” uma mulher sem fazer sobrancelha, unha e cabelo. Ele argumentava sobre a flexibilização da quarentena, que mantinha disponíveis apenas serviços considerados essenciais.

“Mulher sem fazer uma sobrancelha, fazer uma unha, fazer um cabelo, não tem marido nesse mundo que vai aguentar! Então tem que ir lá, tratar da autoestima”, disse durante sessão na Câmara Municipal em Campo Grande.

Para o vereador, igrejas devem ser consideradas “serviços essenciais”, a depender do contexto. Ele citou um episódio sobre um suposto caso de violência doméstica para defender o isolamento vertical.

“Se a pessoa quisesse matar a mulher, matar os filhos, a pessoa bate na igreja e ela tá fechada, ela fala assim: ‘É um aviso de Deus para voltar lá e matar’. Então, a igreja é essencial. Tem que criar mecanismos novos para que funcione”, rebateu.

Para o parlamentar, são necessárias novas regras porque o cenário mudou, mas as restrições continuam como no início da pandemia do novo coronavírus. “Tudo na sociedade é essencial, senão, não precisaria existir. O ‘bicicletero’ é essencial, porque alguém precisa arrumar a bicicleta”, opinou.

Outro lado
Em nota, o vereador disse que ocorreu uma “impressão equivocada” acerca do discurso dele e afirmou que vai pedir a retirada da íntegra da fala da ata da sessão. Wellington destacou o que chamou de seu “compromisso na luta pelos direitos da mulher e no combate ao feminicídio e à violência doméstica”.

“Neste ponto minha fala foi interpretada como machismo, ao invés de somente exaltar a mulher, as profissionais da área estética e a importância da autoestima feminina”, justificou.

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