metropoles.com

Troca de óleo do carro: o que é mito e o que é verdade?

O nível do reservatório interfere na ação do motor? Qual deve ser a especificação? É mesmo necessário substituir o filtro? Saiba mais

atualizado

Compartilhar notícia

1 de 1 - Foto: null

A partir de 2030, boa parte dos automóveis (e mesmo caminhões e ônibus urbanos) será movida à energia elétrica. Até lá, o consumidor terá que continuar a se preocupar com detalhes aparentemente singelos na manutenção do seu carro: o lubrificante que ajuda os pistões dos motores a combustão, por exemplo, a sobreviver mais. Há mais de cinco dezenas deles no mercado. Todos com uma função: esfriar, lubrificar, reduzir o atrito, evitar desgaste do motor e seus componentes.

Bem, descuidar da troca de óleo – ou usar um produto incorreto – tem consequências: redução da vida útil do motor e mais gasto na hora do conserto. Para esclarecer as dúvidas mais comuns entre os motoristas, a Motul – multinacional francesa especializada em lubrificantes de alta tecnologia – aponta o que é mito e o que é verdade na troca de óleo.


1) O motorista deve consultar o manual do veículo.
Verdade

O primeiro cuidado é consultar o manual, que possui todas as informações sobre o plano de manutenção do veículo, como a indicação dos prazos por tempo e por quilometragem para a correta troca do óleo. “A substituição deve ser realizada de acordo com o prazo que vencer primeiro. Mesmo que o carro tenha rodado pouco, é necessário fazer a troca se o tempo tiver vencido, porque o óleo, que foi usado e contaminado, vai perdendo a capacidade de lubrificação do motor”, explica Rafael Recio, gerente de Produto e Suporte Técnico da Motul Brasil da Motul.


2) O filtro de óleo não precisa ser substituído a cada troca de óleo.
Mito

Já faz muito tempo que o a lenda “subistitui o filtro de óleo uma vez sim, outra não a cada troca” foi desmistificada. Mas ainda existe em algumas situações. A função do filtro de óleo é reter partículas que poderiam danificar o motor ou acelerar o seu desgaste. Se um filtro velho que não tiver sido trocado falhar ou não conseguir desempenhar sua função de forma perfeita, não terá adiantado de nada a troca do óleo. Na melhor das hipóteses, se o filtro ficar saturado, a válvula de by-pass do filtro se abre e o óleo passa direto por ele sem ser filtrado – e o filtro não tem função nenhuma. Se essa válvula não funcionar por qualquer motivo, o filtro pode se tornar uma restrição no fluxo de óleo e o motor correrá sério risco de ficar sem lubrificação adequada, o que certamente levaria a uma quebra catastrófica e alto custo de reparo. Além disso, o custo de um filtro é muito pequeno em uma troca de óleo, e por esse e os outros motivos mencionados, não trocá-lo é um grande perigo.


3) O tipo de uso do carro não interfere no intervalo de troca.
Mito

Em geral, o manual do veículo possui um plano de manutenção para uso normal e outro para uso severo (baixas rotações, estradas de terra, trajetos curtos com o motor frio) – nesses casos, é comum que as revisões e o intervalo de troca do óleo sejam reduzidos pela metade. “Se o veículo costuma ficar boa parte do tempo preso em congestionamentos, por exemplo, o motorista precisa adotar o plano severo, porque essa condição de uso exige mais dos componentes do carro do que rodando em rotações e velocidades mais constantes”, alerta Rafael Recio.


4) Usar óleo inferior à especificação não prejudica o motor do carro.
Mito

Um óleo fora da especificação recomendada pode não apresentar a espessura de filme de óleo projetada para aquele motor, além de não cumprir os requisitos de normas determinados pela montadora. Dessa forma, a viscosidade e as normas incorretas podem comprometer a eficiência do motor, aumentar o consumo de combustível e, para piorar, danificar os componentes internos. “Na hora de escolher o óleo, leve em consideração a viscosidade e a norma da montadora. Essas informações são facilmente encontradas no manual do fabricante”, orienta Recio.


5) Misturar diferentes lubrificantes não compromete o resultado.
Depende

É aconselhado sempre evitar misturar lubrificantes de especificações diferentes, pois o resultado final dessa mistura pode gerar um desempenho que não atende à especificação do motor. Só é aceitável em uma situação de emergência, temporária, para corrigir o nível de óleo muito baixo. Posteriormente, assim que possível, é recomendado que o veículo faça uma parada para uma revisão para checar o motivo do nível de óleo estar baixo.


6) O nível do óleo não interfere no desempenho do motor.
Mito

Se o veículo rodar com óleo abaixo do nível, a lubrificação ficará comprometida, visto que o pescador de óleo não conseguirá captar o óleo do cárter de maneira satisfatória. Isso pode resultar em muita espuma e baixa pressão de óleo, comprometendo o fluxo e deixando uma boa chance de quebra do motor por falta de lubrificação. Em caso oposto, rodar com lubrificante acima do nível pode causar vazamento pelos respiros. O volume de óleo em excesso simplesmente vai para onde não deveria ir.


 

 

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?

Notificações