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“Som da Esperança”: projeto leva orquestra a hospitais em Goiânia

Quarteto de cordas se apresentou em frente a quatro hospitais da capital nesta véspera de domingo de Páscoa

atualizado

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Divulgação/Fecomércio/Sesc/Senac
goias projeto som da esperança leva apresentação da orquestra sinfonica jovem a hospitais que tratam pacientes com covid-19
1 de 1 goias projeto som da esperança leva apresentação da orquestra sinfonica jovem a hospitais que tratam pacientes com covid-19 - Foto: Divulgação/Fecomércio/Sesc/Senac

Goiânia – Além de notas musicais, a Orquestra Sinfônica Jovem de Goiás tocou corações. Na tarde deste sábado (3/4), o quarteto de cordas do grupo se apresentou em frente a quatro hospitais que tratam pacientes com Covid-19 em Goiânia, e emocionou profissionais a saúde, familiares e quem passa pelo momento difícil da internação.

O projeto Som da Esperança é uma iniciativa da Fecomércio, do Sesc-GO e do Senac, com o objetivo de levar sentimentos bons aos pacientes, acompanhantes e profissionais que atuam na linha de frente contra a doença.

Veja o vídeo:

A Orquestra Sinfônica Jovem de Goiás (OSJ) se apresentou em frente a quatro hospitais de Goiânia que estão tratando pacientes de Covid-19: Hospital das Clínicas, HCAMP, Samaritano e Hugol. No repertório, canções que tocam a alma e levam uma mensagem de ânimo, força e coragem, como Hallelujah, do filme Shrek, “Heal the World”, de Michael Jackson; Viva La Vida; e “Imagine”, dos Beatles.

O maestro da OSJ, Eliel Ferreira, explica que o Quarteto de Cordas é formado por dois violinos, uma viola clássica e um violoncelo. Os músicos se apresentam em cima de um carro de som, que fica estacionado em frente à unidade hospitalar, mantendo o distanciamento social. “Esse formato foi pensado justamente porque permite o distanciamento e o uso de máscara, diferente de instrumentos de sopro ou do canto”, explica Eliel.

“A luta contra a Covid-19 também é nossa, e essa é uma forma de levar conforto e encorajar todas as pessoas que precisam lidar cara a cara com essa doença”, afirma o presidente da Fecomércio, Marcelo Baiocchi. “Além disso”, destaca Baiocchi, “a Páscoa é o momento em que celebramos a ressurreição, e, independentemente da fé de cada um, todos estão buscando o ressurgir, o renascer, que é o significado dessa data.”

“Sabemos que dentro dos hospitais as pessoas estão com medo, os profissionais estão cansados, até estafados. Essa ação nos toca profundamente, porque sabemos que é um gesto singelo, mas que transmite uma mensagem positiva aos corações através da arte”, diz o diretor do Sesc e Senac, Leopoldo Veiga Jardim.

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Prontuário afetivo

Para amenizar o sofrimento e a angústia do tratamento contra a Covid-19, hospitais têm apostado na humanização e personalização do tratamento.

Um hospital particular da capital de Goiás tem utilizado ações humanizadas no atendimento aos pacientes no tratamento da Covid-19. Com a ajuda de familiares, no momento da admissão do doente, a equipe médica identifica gostos, apelidos, músicas preferidas e, dessa forma, oferece atendimento personalizado baseado em um prontuário afetivo.

Segundo a supervisora de enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital do Rim, Stephany Araújo Nogueira, durante o tratamento, a equipe se torna a família do paciente, já que, pela gravidade da doença e pelo alto risco de contaminação, os doentes ficam isolados e não podem receber visitas.

De acordo com a diretora-executiva do hospital, Lilian Costa, o local sempre usou o prontuário, mas ampliou esse procedimento desde o início da pandemia. Segundo ela, a equipe pede objetos que permitam ao paciente se lembrar de casa, como cremes e sabonetes, e as informações são coladas na porta dos quartos.

Outra parte importante no atendimento são as músicas. As canções preferidas dos pacientes também são informadas no momento da internação, e um grupo de médicos, enfermeiros e psicólogos coloca o som para tocar de forma ambiente.

Um grupo de 13 profissionais se inscreveu para participar do projeto, que inclui ainda apresentações quinzenais da própria equipe do hospital. A ação, que visa bem-estar emocional e tranquilidade das pessoas internadas, tem a participação voluntária dos colaboradores.

A psicóloga Amanda Rodrigues Mendes de Oliveira, responsável por colher as informações para o prontuário, disse que o atendimento mais humanizado pode reduzir até mesmo o tempo de internação do paciente. Além disso, o trabalho ajuda a amenizar a ansiedade dos familiares.

Esperança

Manifestações de apoio aos pacientes com Covid-19 têm emocionado familiares, profissionais da saúde e, principalmente, os acometidos pela doença. No último dia 13/3, o Hospital de Campanha para o Enfrentamento ao Coronavírus (HCamp), em Goiânia, foi cercado por populares que fizeram uma rede de oração no lugar.

Na ocasião, o hospital estava com 100% na taxa de ocupação dos leitos de UTI e 97,44% nas enfermarias. A unidade é referência no tratamento da doença em Goiás.

Segundo a assessoria de Imprensa do HCamp, é comum familiares de pessoas internadas realizarem orações no local. No entanto, foi a primeira vez que houve uma mobilização pelos pacientes e profissionais de saúde que trabalham no hospital.

Ainda de acordo com a assessoria, várias pessoas que passavam pelo local desceram dos carros e se juntaram à rede de oração pelas pessoas acometidas pela Covid-19, levando esperança a quem estava na unidade.

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