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Sistema indica que aposentado se vacinou, e ele fica sem imunização

Plataforma de cadastro do governo de São Paulo, VaciVida, indica que o morador de Santos já havia tomado as duas doses da vacina

atualizado

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Arquivo Pessoal/Getúlio Pereira da Silva
Getúlio Pereira da Silva
1 de 1 Getúlio Pereira da Silva - Foto: Arquivo Pessoal/Getúlio Pereira da Silva

São Paulo – Getúlio Pereira da Silva, de 59 anos, mora em Santos, litoral de São Paulo. Como muitos brasileiros, ele almeja ser vacinado. Contudo, foi surpreendido quando chegou à Policlínica da Areia Branca e a enfermeira o informou que seu nome constava no sistema da plataforma de cadastro do Governo do Estado, a VaciVida, indicando que ele havia tomado as duas doses de Coronavac.

Getúlio faz parte do grupo prioritário com comorbidades, que começou a ser vacinado em 12 maio em Santos. Ao G1, ele contou que a enfermeira que o atendeu checou o sistema da plataforma de registro mais de uma vez, mas havia um cadastro, com seus dados pessoais, indicando que ele havia tomado a primeira dose da vacina no dia 15 de abril, e a segunda dose em 6 de maio.

As aplicações teriam ocorrido na Unidade Básica de Saúde (UBS) Parque Nações Unidas/Sem Terra, localizada na região de Pirituba, em São Paulo.

“Eles me falaram que eu iria tomar a dose, mas teria que aguardar para ver como eles iam fazer para mudar o cadastro e deixar como se eu não tivesse tomado. Agora, sabe quando. O meu pensamento é esse: quando é que eu vou tomar, então?”, questionou Getúlio.

O homem, aposentado, pontuou que a vacina não deveria ter sido aplicada. “No dia 15 de abril, mesmo que fosse para mim, não poderiam ter dado, porque a vacinação dessa faixa etária ainda não tinha iniciado. Começou agora, praticamente”, explicou.

Getúlio informou que fará um boletim de ocorrência para se resguardar.

“A gente faz as coisas direitinho. Ando de máscara, me previno, e agora que tive a oportunidade de ir lá e tomar [a vacina]. Agora que apareceu essa chance, aconteceu isso. Eu quero que seja feito o correto, eu tenho direito, então, quero tomar a minha vacina”, afirmou.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Santos confirmou o relato de Getúlio. O órgão ainda afirmou que não tem ingerência na plataforma e nem no registro dos dados pessoais do munícipe na cidade de São Paulo.

“A SMS seguiu as diretrizes do estado: vacinar as pessoas conforme os públicos prioritários determinados pelo Plano Estadual de Imunização Contra a Covid-19. A pasta recomenda que o munícipe solicite a correção do registro dos dados junto ao governo do estado”.

A Secretaria de Estado da Saúde informou que vai apurar o caso junto aos municípios envolvidos para obter os esclarecimentos necessários.

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