Guedes pede que servidores abram mão de reajustes por 2 anos
Proposta feita pelo ministro da Economia é considerada uma contrapartida a um aumento no socorro de estados e municípios por parte da União
atualizado
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Na intenção de minimizar os impactos econômicos provocados pelas medidas de combate à pandemia de coronavírus, o Ministério da Economia cogita aumentar a proposta do governo federal de socorro a estados e municípios. Em contrapartida, o ministro à frente da pasta, Paulo Guedes, pede uma contrapartida que vai atingir em cheio o funcionalismo. Guedes sugere que o Congresso aprove o congelamento de aumentos salariais para servidores públicos por dois anos.
“Uma coisa é uma promoção, outra coisa é um aumento generalizado de salários. Essa é a contrapartida que acho que o Senado compreende, tem a sensibilidade que de certa forma nos permite seguir adiante”, disse o ministro. O ministro afirmou que seria uma “contribuição” do funcionalismo ao esforço contra o coronavírus.
A fala do guru econômico do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é em resposta à compensação financeira que compete à União, para perdas na arrecadação de estados e municípios, ICMS e ISS, respectivamente.
O impacto fiscal esperado com o auxílio do governo é de R$ 89,6 bi, se as perdas de receita forem, em média 30%, o que é apenas uma estimativa. O governo negocia com o Senado a aprovação do projeto alternativo.
“O salário do funcionalismo cresceu 50% acima da inflação por anos seguidos. Será que o funcionalismo podia dar uma contribuição? Será que podia ficar esse ano e o ano que vem inteiro sem aumento de salários? Será que isso poderiam contribuir com o Brasil?”, questiona o ministro.