metropoles.com

Senado aprova PL do Veneno, que facilita liberação de agrotóxicos

Texto segue para sanção presidencial. PL do Veneno centraliza liberação de agrotóxicos no Ministério da Agricultura

atualizado

Compartilhar notícia

Hugo Barreto/Metrópoles
imagem colorida mostra Plenário do Senado Federal (Congresso Nacional) - Metrópoles
1 de 1 imagem colorida mostra Plenário do Senado Federal (Congresso Nacional) - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O plenário do Senado Federal aprovou em votação simbólica, nesta terça-feira (28/11), o Projeto de Lei (PL) 1459/22, que ficou conhecido como PL do Veneno. Agora, a matéria segue para sanção presidencial.

O texto foi relatado pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES), líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Casa Alta. O PL é alvo de uma série de críticas de entidades de conservação ambiental por afrouxar regras para pesquisa, experimentação, produção, comercialização, importação, exportação, embalagens e destinação final de pesticidas no Brasil.

Um dos destaques da proposta é concentrar a liberação de agrotóxicos pelo Ministério da Agricultura, caso a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não faça a análise no prazo determinado. O texto também altera o nome utilizado de “agrotóxicos” para “pesticidas”.

A proposta foi aprovada anteriormente pela Comissão de Agricultura (CRA) e pela Comissão de Meio Ambiente (CMA). O projeto aprovado é um substitutivo anterior, da Câmara dos Deputados, apresentado em 1999 pelo ex-senador Blairo Maggi. Com a nova regulamentação a chamada Lei dos Agrotóxicos, de 1989, será revogada quase totalmente se o projeto virar lei.

Divergências

Entre a bancada ruralista, a tese é de que a nova legislação poderá facilitar e modernizar a utilização de pesticidas no mercado brasileiro.

Parlamentares que defendem a causa ambientalista, no entanto, pontuam que a medida poderá liberar a entrada de agrotóxicos com níveis graves de risco para a saúde humana e para o meio ambiente.

A deputada federal Célia Xakriabá (PSol-MG) repudiou a aprovação pelo Senado. Para a parlamentar, trata-se de uma “resposta violenta” ao planeta em plena semana da COP 28, em Dubai. “A saída para combater o veneno ilegal não é legalizando através de PL, porque todas essas mortes causadas por agrotóxico são violentas, e nós não reconhecemos nem conhecemos ecocídio que seja legal”, afirmou a parlamentar mineira.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?