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Sem Bolsonaro, Marinha finaliza treinamentos da Operação Formosa

Operação é o maior treinamento da Marinha no Planalto Central e conta com 3,5 mil militares. Demonstração ocorreu em Formosa (GO)

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Treino militar em Formosa
1 de 1 Treino militar em Formosa - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

A Marinha do Brasil finalizou, nesta quarta-feira (10/8), a última etapa da 34ª Operação Formosa. A ação realizou treinamento de 3.500 militares da Marinha, da Força Aérea e do Exército, com o uso de aeronaves, veículos blindados, viaturas, armamentos e outros equipamentos.

Nesta quarta, os militares fizeram uma demonstração do treinamento no Campo de Instrução de Formosa, em Goiás.

Durante o evento, foram utilizados aviões, helicópteros, carros de combate e blindados com bombas e metralhadoras. Também houve disparos de fogos de artilharia de tudo e foguetes, infiltração de paraquedistas e outras atividades.

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Segundo o Ministério da Defesa, todos os armamentos utilizados na demonstração são reais.

A operação da Marinha é realizada desde 1988 e, desde 2021, conta com a participação de membros das três forças. Para realizar as atividades, as corporações transportaram cerca de 1,7 mil toneladas de equipamentos do Rio de Janeiro ao Goiás, incluindo 150 veículos e 11 aeronaves.

No ano passado, o presidente Jair Bolsonaro (PL) participou do encerramento da operação. Neste ano, o mandatário não compareceu ao evento, que teve presença do ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, dos comandantes das Forças Armadas e de outras autoridades.

O ministro não conversou com a imprensa e apenas fez pronunciamento sobre a realização da Operação Formosa. Ele exaltou o trabalho dos militares durante o treinamento. “Diante de tudo isso que observamos hoje, posso, com segurança, confirmar o grau de preparo dos nossos fuzileiros navais e excepcional integração entre as Forças Armadas brasileiras”.

O ministro também citou a guerra entre Ucrânia e Rússia para ressaltar a importância do preparo das Forças. “Nos tempos que vivemos guerra na Europa, em que cada vez mais a defesa está em evidência, precisamos ter nossas Forças Armadas capazes para o cumprimento de sua missão, para a defesa da nossa pátria”, pontuou.

Crise

Paulo Nogueira é um dos personagens da crise entre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Ministério da Defesa e as Forças Armadas sobre a segurança das urnas eletrônicas. A crise tem sido inflada com a aproximação das Eleições de 2022 e as críticas do presidente Jair Bolsonaro ao TSE.

Em julho, o ministro apresentou ao tribunal um ofício, classificado como “urgentíssimo”, para solicitar a inspeção do código-fonte das urnas eletrônicas por membros das Forças Armadas. Apesar da solicitação emergencial feita pelo ministro, a realização do processo já estava autorizada pelo TSE — não só aos militares, mas a partidos políticos e outros órgãos e autoridades.

Na terça-feira (9/8), o TSE informou que o coronel do Exército Ricardo Sant’ana, que fazia parte do grupo de militares designados para inspecionar o código-fonte, foi desligado da ação. Segundo mostrou a coluna Rodrigo Rangel, do Metrópoles, o militar costuma divulgar, nas rede sociais, fake news sobre o processo eleitoral, além de questionar a lisura das urnas.

As publicações do coronel Ricardo Sant’ana seguem a linha do discurso propalado pelo presidente da República e por seus apoiadores. O militar, de 47 anos, formou-se oficial em 1997 e estava lotado até recentemente no Instituto Militar de Engenharia (IME).

Operação Formosa

A ação das Forças Armadas durou oito dias, com início em 2 de agosto. Durante o período, os militares das três forças receberam treinamento com o emprego de conjunto de armas de apoio, manobras táticas, fogos de artilharia e operações aéreas e especiais.

“A Operação Formosa tem o propósito principal de assegurar o preparo do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) como força estratégica, de pronto emprego e de caráter anfíbio e expedicionário, capaz de atuar no país e no exterior, conforme previsto na Estratégia Nacional de Defesa”, informou o ministério.

Pela primeira vez, a operação teve participação de fuzileiros navais de Belém (PA), Natal (RN), Salvador (BA), Ladário (MS) e Rio Grande (RS). Também houve presença de fuzileiros navais dos Estados Unidos.

Além das atividades citadas, a demonstração desta quarta também contou com montagem de Unidade Avançada de Trauma (UAT) com telemedicina; posto de descontaminação nuclear, biológica, química e radiológica (NBQR); laboratório móvel de detecção de agentes químicos; entre outras atividades.

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