Secretário do MS é morto por funcionário que se recusou a usar máscara

O crime ocorreu no sábado (04/07) e o assassino confessou o crime

06/07/2020 09:57, atualizado 06/07/2020 09:57

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1 de 1 Secretário é morto por funcionário - Foto: Reprodução

O secretário de Agricultura de Dourados, no Mato Grosso do Sul, Alceu Junior Silva Bittencourt, foi morto por funcionário demitido ao ter negado usar a máscara de proteção contra o novo coronavírus durante expediente. Apesar de ter fugido da cena do crime, o assassino, Fernando Souza, de 31 anos, foi capturado pela Guarda Municipal e confessou o crime.

Fernando foi demitido no sábado (04/07) do salão de beleza o qual Alceu gerenciava. Pelo Facebook, a irmã do secretário, Valkiria Bittencourt, desabafou sobre a morte e descreveu o crime.

“Matou meu irmão na covardia, ele estava trabalhando, era servidor público, trabalhava no salão nas horas vagas, deu emprego para o Fernando, demitiu ele hoje (sábado) por estar sempre se recusando a trabalhar de máscara”, disse. “Fernando se revoltou e cortou o pescoço do meu irmão enquanto ele cortava o cabelo de um cliente”, continuou.

Já na delegacia, o acusado disse não se arrepender do assassinato cometido. “Não estou arrependido. Não estou porque tinha gente ameaçando a minha família”, depôs, ao comentar que a vítima já tinha feito ameaças contra ele. A respeito das facas utilizadas para esfaquear o secretário, Fernando disse que as carregava por também ser chefe de cozinha.

Segundo o delegado do Setor de Investigação Geral (SIG ), Rodolfo Daltro, responsável pelo caso, a motivação teria sido uma dívida do político com o acusado.

“A vítima estava cortando o cabelo e ele chegou por trás, puxou a faca e deu dois golpes contra ela. Um no pescoço e outro nas costas. E só não aplicou mais golpes porque o cliente que estava no salão jogou cadeiras contra ele”, relatou, Daltro, à imprensa.

Em nota, a prefeitura lamentou a morte do secretário: “Um servidor exemplar e que vinha desempenhando com dedicação as funções”. Pelas redes sociais, a prefeita Délia Razuk, também desabafou sobre o ocorrido. “Um amigo, um conselheiro e por quem tinha uma profunda admiração”, escreveu.