Saúde estuda publicar normas de uso do transporte público na pandemia
Ministro Marcelo Queiroga afirmou que uma medida homogênea sobre o assunto é difícil porque o país tem dimensões continentais
atualizado
Compartilhar notícia
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, estuda criar um documento com normas para evitar a aglomeração em transportes públicos. A informação foi confirmada nesta terça-feira (13/4), em conversa do titular da pasta com jornalistas.
De acordo com Queiroga, o documento está sendo elaborado por técnicos da Secretaria Extraordinária de Combate à Pandemia de Covid-19. O grupo ainda não teve formação oficial publicada em Medida Provisória, mas já atua dentro do ministério.
“São medidas justamente para se evitar que chegue em cenários extremos”, considerou o chefe da pasta.
Para ele, o fato de o Brasil ser um país continental faz com que uma medida homogênea não funcione no território inteiro. “Vamos orientar sobre o uso de máscaras de maneira rigorosa. Os trabalhadores brasileiros usam transportes urbanos. Será que a gente não pode melhorar?”, questionou.
Segundo o secretário Rodrigo Cruz, a Saúde está em diálogo com o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) para tratar do assunto. A pasta também estuda estratégias que outros países têm adotado no sistema de transporte público.
“Vai ser em caráter orientativo, porque o governo federal não tem competência para poder determinar as regras dos transportes públicos urbanos. Isso fica a critério dos municípios”, afirmou Rodrigo Cruz.
Modelos
O secretário apontou ainda que os técnicos estudam adotar modelos de testarem contra a Covid-19 para usuários do transporte público.
“É uma testagem para retomada da mobilidade. Estamos vendo as melhores práticas e a partir disso a gente define quem seria testado, se os motoristas ou alguns passageiros. A expectativa é da gente apresentar isso para o ministro até quinta-feira”, disse
O ministro Queiroga ressaltou que cada região tem suas características e que isso será levado em conta na elaboração do documento.
“Depende do momento epidemiológico de cada município. O que não pode é estar fazendo cada um de um jeito. A gente tem que estabelecer uma diretriz e buscar harmonizar essa questão, que é uma questão de natureza técnica no país como um todo”, concluiu Queiroga.