Ministério da Saúde executou 97% do orçamento previsto em 2017
Para 2018, a pasta tem R$ 131 bilhões à disposição para investir, R$ 1,1 bilhão acima do mínimo exigido pela Constituição
atualizado
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O Ministério da Saúde executou R$ 114,8 bilhões dos R$ 117,8 bilhões do orçamento do ano passado, segundo balanço apresentado nesta quinta-feira (4/1), em Brasília, na primeira coletiva de imprensa da pasta no ano eleitoral. Para 2018, estão previstos R$ 131 bilhões – R$ 1,1 bilhão acima do mínimo exigido pela Constituição.
O orçamento empenhado para a compra de ambulâncias para o Samu 192 saltou de R$ 86,5 milhões em 2016, quando 502 novos veículos estavam previstos; para R$ 268,4 milhões em 2017, cujo montante projetava a aquisição de 1.449 carros. Até o fechamento do ano, 979 compras foram efetuadas. O aumento no orçamento veio em meio à intenção do governo federal de renovar 57% da frota nacional, anunciada no ano passado.
O Brasil tem 3.514 ambulâncias do Samu que cobrem, segundo a pasta, 84% da população do país. Em outubro passado, o ministro Ricardo Barros viajou a Porto Alegre com Michel Temer para fazer a entrega de mais de 200 novos carros. A ação foi repetida depois pelo presidente, sozinho, em São Paulo. Na época, Temer disse que iria entregar ambulâncias a todos os municípios brasileiros e que isso era uma revelação da “responsabilidade social” do seu governo.
Além das ambulâncias do Samu, o Ministério ainda empenhou R$ 409,9 milhões para a compra de ambulâncias brancas (transportam pacientes que precisam de locomoção de uma cidade a outra a fim de acessar serviços de saúde) e R$ 113,4 milhões para vans de transporte sanitário.
“Castramóveis”
Os dados do orçamento de 2017 incluem ainda participação do Ministério da Saúde no financiamento de unidades móveis para controle de zoonoses – os chamados “castramóveis” – nos municípios. No ano passado, o governo garantiu R$ 24 milhões para a compra de 198 unidades, cotadas pela pasta a R$ 130 mil cada uma. Os municípios, no entanto, têm liberdade para comprar as unidades conforme a necessidade.
Os veículos, usados em cirurgias gratuitas de castração de animais de rua para controle de zoonoses (doenças passadas de animais para humanos), já existiam em algumas cidades, mas eram compradas com verba estadual. A rubrica que define a participação da União foi liberada em junho do ano passado.
