CTNBio avalia pedido de liberação comercial da vacina da Fiocruz

Se aprovada, a vacina da AstraZeneca será a primeira contra a Covid-19 liberada pela Comissão Técnica Nacional em Biossegurança

Juliana Barbosa
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A Comissão Técnica Nacional em Biossegurança (CTNBio), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), realizará nesta sexta-feira (15/1) reunião extraordinária para avaliar o pedido de liberação comercial da vacina contra o coronavírus desenvolvida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pela AstraZeneca por meio de cooperação entre o governo federal e o britânico. Se aprovada, será a primeira vacina contra Covid-19 liberada pela CTNBio.

A aprovação da CTNBio é necessária, além da liberação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), se a vacina ou o medicamento for constituído por um organismo geneticamente modificado (OGM). De acordo com a Lei de Biossegurança, cabe ao MCTI, por meio da comissão, uma instância colegiada multidisciplinar componente do ministério, analisar os estudos com OGMs no Brasil, sejam plantas, células humanas, animais ou micro-organismos.

A CTNBio reúne cientistas e especialistas com atuação em diversas áreas do conhecimento relacionadas a OGMs. Sua finalidade é estabelecer normas de segurança e mecanismos de fiscalização de atividades que envolvem OGMs, além de assessorar o governo federal na formulação e implementação da Política Nacional de Biossegurança.

Em 2020, a CTNBio certificou 40 instalações de instituições de pesquisa e saúde de modo a permitir pesquisas e a realização de testes de vacinas. A comissão também aprovou 14 projetos de pesquisa e dois Estudos Clínicos Fase III relacionados a pesquisas e testes da vacina contra a Covid-19, além de duas cartas-consultas sobre o enquadramento de produtos destinados ao enfrentamento da doença na categoria OGM.

Vacinação

Segundo o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, informou a prefeitos nesta quinta-feira (14/1), a vacinação contra a Covid-19 pode começar na próxima quarta-feira (20/1) ou na quinta (21/1), em todo o país. O governo prevê a aplicação de 8 milhões de doses ainda neste mês.

“Apesar de [haver] mais de 8 milhões de doses no Butantan, o pedido na Anvisa foi para 6 [milhões]. Por isso, neste primeiro momento, serão 6 milhões da Coronavac e 2 milhões da AstraZeneca para quarta, dia 20″, anunciou o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, após a reunião.

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