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São Paulo avalia antecipar 2ª dose para conter variante Delta

Centro de Contingência vai discutir possibilidade na quinta-feira (8/9), mas secretário alerta que depende de envio de doses pelo ministério

atualizado

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Fábio Vieira/Metrópoles
Vacinação em SP
1 de 1 Vacinação em SP - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo – O governo de São Paulo estuda antecipar a aplicação da segunda dose das vacinas contra a Covid-19 para conter a variante Delta, que já circula no estado. O secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, disse que na quinta-feira (8/7) o Centro de Contingência do estado vai se reunir para discutir a medida, mas alertou que a operacionalização depende do envio de doses pelo Ministério da Saúde.

Para o Instituto Butantan, Dimas Covas, a possibilidade de antecipação da segunda dose para as vacinas AstraZeneca e Pfizer, que têm um intervalo maior de aplicação em relação à CoronaVac, deve ser considerada.

“Nestas vacinas com o intervalo de três meses, você só vai completar a imunidade quando passados quase quatro meses da primeira dose. Sem dúvida, a possibilidade de antecipação da segunda dose para essas vacinas deve ser considerado sim, porque o fato de ter a imunidade completa ajuda substancialmente”, afirmou Covas, em coletiva de imprensa nesta quarta (7/7).

De acordo com Gorinchteyn, esse é um dos temas que está proposto para a discussão do Centro de Contingência, pois a variante Delta “é autóctone e está circulando em pessoas que não tiveram histórico de viagens ou que não tiveram contato com alguém que esteve na Índia”.

“Nós temos que ter uma atenção especial, essa temática será levada. Mas é importante lembrarmos que é preciso ter mais doses de vacinas, da Pfizer e da AstraZeneca, para que este intervalo entre uma dose e outra possa ser estabelecido. Se não tivermos esse alento dado pela chancela e liberação do Ministério da Saúde, que coordena o Plano Nacional de Imunização, então por mais que esta decisão aconteça, ela operacionalmente terá entraves”, afirmou o secretário.

Na última segunda-feira (5/7), a Prefeitura de São Paulo informou que foi identificado o primeiro caso da variante Delta no município, em um homem de 45 anos que disse não ter viajado ao exterior e negou ter tido contato com pessoas que estiveram fora do país recentemente.

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