metropoles.com

RJ: inocentado pela Justiça, músico é detido de novo pelo mesmo crime

Mandado de prisão em aberto aparecia no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões. Luiz Carlos Justino foi conduzido à delegacia e liberado

atualizado

Compartilhar notícia

Reprodução/Redes sociais
Luiz Carlos Justino
1 de 1 Luiz Carlos Justino - Foto: Reprodução/Redes sociais

Rio de Janeiro – O músico que foi inocentado pela Justiça do Rio em 2020, após ser preso por um crime não cometido, foi novamente detido nesta semana pelo mesmo caso.

Na noite da última segunda-feira (22/8), Luiz Carlos Justino foi parado em uma blitz do programa Segurança Presente e levado para a 79ª DP (Jurujuba), quando voltava de uma partida de futebol com amigos em Charitas, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio.

De acordo com o Segurança Presente, o mandado de prisão constava como aberto no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões, do Conselho Nacional de Justiça. Nas redes sociais, o rapaz contou que teve que provar ser inocente e que, na época da absolvição, tudo seria retirado do sistema.

0

“Tive de novo que comprovar que eu não sou um bandido, porque prometeram para mim que iam dar baixa nos meus processos. Isso aconteceu comigo de novo, agora que eu estava me recuperando, mas poderia ter acontecido com qualquer pessoa. Passar por uma coisa que eu sempre estudei para não passar. Agora, passar duas vezes?”, questionou o músico.

Após o episódio, o advogado de Luiz Carlos entrou com um pedido na 2ª Vara Criminal de Niterói para a retirada do mandado de prisão do sistema, que foi concedido.

“A gente quer crer que, com a retirada do nome dele deste banco de dados, esse tipo de abordagem não acontecerá mais. É muito danoso para a vida do Justino, que é um músico, um cara completamente integrado à comunidade onde vive, dedicado às atividades da Orquestra da Grota, ficar sendo sucessivamente sendo submetido a este tipo de abordagem policial, por vezes ostensiva, agressiva, violenta e absolutamente desnecessária. A gente espera que este evento não se repita mais de agora em diante”, afirmou o advogado Rafael Borges, que representa o músico, ao Bom Dia Rio, da TV Globo.

Compartilhar notícia