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Rio desenvolve soro anticovid-19 a partir de plasma de cavalos

Potros nascidos de 3 éguas que participaram da pesquisa nasceram imunizados, assim como bebês de grávidas vacinadas

atualizado

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Héricles Ferreira Lima Gonçalves/Funed
Governo de Minas anuncia desenvolvimento de soro contra a Covid-19
1 de 1 Governo de Minas anuncia desenvolvimento de soro contra a Covid-19 - Foto: Héricles Ferreira Lima Gonçalves/Funed

Rio de Janeiro – Um ano e dois meses após o início do estudo, o Instituto Vital Brazil apresentou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) os dados do experimento com plasma de cavalos para a produção de um soro anticovid-19. A proposta da entidade, ligada à Secretaria de Estado de Saúde, é utilizar os anticorpos produzidos pelos animais, a partir da parte branca do sangue, para ser “a solução para a diminuição ou erradicação dos quadros graves e mortes pela doença”.

No experimento, os animais receberam semanalmente pequenas doses da proteína S recombinante do coronavírus, produzida na Coppe/UFRJ. Após sete semanas da aplicação, o estudo revelou que os bichos apresentaram de 20 a 100 vezes mais anticorpos neutralizantes contra o novo vírus do que os plasmas de pessoas que tiveram a doença.

Neste processo, potros nascidos de 3 éguas que participaram da pesquisa nasceram imunizados contra a Covid-19, uma reação semelhante ao que ocorre com bebês humanos nascidos de grávidas vacinadas. Além disso, os pesquisadores também registraram a presença de anticorpos contra o coronavírus no leite das éguas prenhas, o que é outro fator que indica sucesso do estudo.

De acordo com o Instituto Vital Brazil, a pesquisa está em fase pré-clínica, com testes em animais. Para o próximo passo, a presidente do Instituto, Priscilla Palhano, aguarda a liberação, pela Anvisa, dos testes em humanos. O instituto trabalha para cumprir todas as exigências da agência, procedimento que será realizado em parceria com o Instituto D’Or de Ensino e Pesquisa. A pesquisa já foi aprovada pelo Conselho Nacional de Ética em Pesquisas (Conep) e prevê a aplicação do medicamento em 41 pacientes.

Priscilla está muito confiante com o desenvolvimento do soro anticovid-19, processo conhecido pela instituição, que tem a expertise de pesquisa e desenvolvimento deste tipo de medicamento há mais de 100 anos. “O Instituto Vital Brazil possui know how em produção de soros hiperimunes a partir do plasma de cavalos há mais de 100 anos. O uso potencial da imunização passiva por esse tipo de terapia representa um caminho viável de combate à Covid. Os soros produzidos pelo Instituto Vital Brazil têm excelentes resultados de uso clínico, sem histórico de hipersensibilidade ou quaisquer outras eventuais reações adversas há décadas”, destacou a presidente do Instituto Vital Brazil, um dos 21 laboratórios oficiais brasileiros e um dos quatro fornecedores de soros contra o veneno de animais peçonhentos para o Ministério da Saúde.

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