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Réus vão a júri pelo assassinato de bebê e de seus pais

Criminosos deram 50 tiros no carro da família, que deixava festa de aniversário da criança

atualizado

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Divulgação
Família morta em Porto Alegre
1 de 1 Família morta em Porto Alegre - Foto: Divulgação

Cinco réus devem ir a júri, após decisão judicial, pelo assassinato de Alice Beatriz Paines Araújo, de 1 ano, e de seus pais, Douglas Araújo da Silva, 29, e Sabrine Paines Rodrigues, 24, que estava grávida. O crime aconteceu há três anos, em Porto Alegre (RS). As informações são do portal GZH.

O grupo será julgado por três homicídios triplamente qualificados. No caso da morte da criança, em caso de condenação, pode haver um aumento na pena por se tratar de menor de 14 anos.

Em março de 2020, o processo foi dividido após Émerson Alex dos Santos Vieira, apontado como mandante do crime, ir para penitenciária federal. Além dele, respondem pelo crime Maycon Azevedo da Silva, o Dime, 26 anos, Leandro Martins Machado, o Mandy, 31, Nícolas Teixeira da Rosa, o Ovelha, 26, Anderson Boeira Barreto, o Boquinha, 29, e Michel Renan Bragé de Oliveira, o Bragé, 24.

No caso de Émerson, seu processo está em fase de instrução e há uma audiência marcada para 30 de novembro com o intuito de ouvir uma testemunha e o réu.

Para os demais, ainda que eles neguem ter cometido o crime, há “prova da materialidade” e “indícios suficientes de autoria”, segundo o juiz que assinou a decisão, Marcos Braga Salgado Martins, da 3ª Vara do Júri de Porto Alegre. No mesmo documento, o magistrado negou a soltura dos réus e manteve ordem de prisão de Leandro, até então foragido.

Segundo a acusação, Michel Renan, Maycon e Anderson planejaram o crime foram com os comparsas até o local da festa de aniversário da criança assassinada. Na saída, o grupo perseguiu o carro da família e atirou contra as três vítimas. Nicolas teria dirigido um dos veículos durante a execução e Leandro vigiado a família para alertar os suspeitos sobre a saída do trio.

Os homens usavam fardas quando cometeram o crime e deram mais de 50 disparos com pistolas 9 milímetros e fuzil 5.56 no carro da família.

Familiares das vítimas afirmaram em depoimento que Douglas vinha sofrendo ameaças e que eles trocavam de endereço constantemente. Segundo a acusação, o motivo do crime foi desavenças envolvendo disputas pelo tráfico de drogas. A suspeita é de que Douglas, que estava foragido pelo tráfico de entorpecentes, fosse da facção rival dos criminosos

“Queriam matar, executar a família. Se nós estivemos no carro, matariam todo mundo. Nunca vi tanto tiro num carro. Coisa mais horrível. A dor é muito grande. Não tem como entender isso, nunca”, disse o pai de Douglas.

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