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MP de Minas Gerais investiga igreja americana acusada de escravidão

Inquérito sigiloso apura Igreja Ministério Verbo Vivo, em São Joaquim de Bicas, um dos braços da Word of Faith Fellowship em Belo Horizonte

atualizado

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Black Lives Matter
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A Igreja Ministério Verbo Vivo em São Joaquim de Bicas, na Grande Belo Horizonte (MG), — um dos braços da Word of Faith Fellowship, congregação americana acusada de escravizar brasileiros — é alvo de investigação por suspeita de maus-tratos a crianças e adolescentes pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). A denúncia foi revelada pela agência de notícias Associated Press.

O inquérito está sob sigilo. Em 2012, o Conselho Tutelar foi acionado, por denúncias de maus-tratos por parte de integrantes da igreja, conforme informações da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social. A apuração do conselho sobre o caso foi levado ao Ministério Público. As agressões seriam supostos espancamentos praticados em cultos para expulsão de demônios de fiéis.

Nesta terça-feira (25/7), a reportagem esteve na entrada da igreja e tentou falar com representantes da igreja, sem sucesso. Três famílias vivem no local. Cuidam de pequenas plantações e tiram leite, para consumo próprio e para venda. Na propriedade, é mantida escola de ensino fundamental.

Em 2009, quatro anos após a chegada da igreja à cidade, boletim de ocorrência registrado na polícia mostrava o pai de uma adolescente dizendo que a igreja estava lhe “retirando a filha”

A Polícia Civil de Franco da Rocha (SP), onde há outra unidade da igreja no país, informou na terça que não há registro de queixas contra a congregação. O órgão acrescentou que vai apurar se houve prática de crime.

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