O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou, nesta quarta-feira (25/8), que é preciso defender a “soberania” do Programa Nacional de Imunização (PNI) e que estados e municípios devem seguir as orientações da pasta, sob pena de faltar doses de vacinas.
“Se cada um quiser criar um regime próprio, o Ministério da Saúde não vai ter condição de entregar doses de vacinas. Se for diferente, vai faltar dose mesmo. Não vale ir para a Justiça (…) juiz não vai assegurar dose que não existe”, ressaltou.
O alerta foi feito durante coletiva para falar sobre a aplicação da dose de reforço das vacinas Covid-19. “Se a gente decide que os profissionais de saúde não são prioridade (para a dose de reforço), não adianta uma demagogia vacinal dizer que vai aplicar”, reforçou o ministro.
Justiça
A declaração de Queiroga foi feita em reação a ação ajuizada pelo estado de São Paulo, que questiona a mudança na metodologia de entrega de vacinas. De acordo com o governo paulista, em 3 de agosto o estado recebeu 50% a menos de doses do que deveria receber.
Isso porque São Paulo geralmente recebe 22% das vacinas destinadas pelo Programa Nacional de Imunização (PNI), proporcional ao tamanho de sua população. Entretanto, o Ministério da Saúde mudou a metodologia às vésperas dessa entrega.
Após o assunto, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), deferiu liminar para fixar que a União não pode mudar a metodologia de distribuição de imunizantes para completar o esquema vacinal de quem já tomou a primeira dose.
Dose de reforço
Queiroga revelou ao Metrópoles, na noite dessa terça-feira (25/8), o início do esquema de aplicação das doses de reforço das vacinas contra a Covid-19. A data estipulada pelo ministro é o dia 15 de setembro.
A vacinação ocorrerá em imunossuprimidos e idosos a partir dos 70 anos. A preocupação da pasta é aumentar a proteção sobretudo contra a variante Delta.
População adulta imunizada
Sobre a D1, a pasta divulgou duas informações nesta quarta. A primeira previsão é que até o dia 15 de setembro o ministério pretende entregar doses suficientes para imunizar toda a população adulta do país com a primeira dose.
Além disso, o Ministério da Saúde afirmou que chegará até o fim deste mês um lotes de 80 milhões de doses de vacinas.