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Queda na segunda onda de Covid-19 estaciona em 18 estados

Em 11 unidades da Federação, a média diária móvel de mortes pela doença se estabilizou em um patamar acima do pico da primeira onda

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Covid-19
1 de 1 Covid-19 - Foto: Getty Images

Os números registrados em 18 estados brasileiros apontam que a queda na média móvel de mortes por Covid-19 das últimas semanas chegou ao fim. O que é mais preocupante é que, em 11 unidades da Federação, a estabilização desse indicador acontece em taxa superior ao pico da primeira onda de óbitos. Isso significa que a margem de manobra dos sistemas hospitalares para lidar com o aumento nas vítimas é menor do que quando a segunda onda se iniciou, tornando mais fácil um novo colapso.

Por conta disso, a média móvel do Brasil como um todo se estabilizou em um índice de aproximadamente 1,9 mil mortes diárias por conta do coronavírus, após ter chegado a 3,1 mil no auge da segunda onda. O pico atingido na primeira foi de 1,1 mil. As informações sobre as vítimas da Covid-19 são do Ministério da Saúde. Elas serviram de base para o cálculo da média móvel feito pelo (M)Dados, núcleo de análise de grande volume de informações do Metrópoles.

Os gráficos a seguir mostram a evolução da média móvel de mortes, por unidade da Federação, desde o início da pandemia de Covid-19. Neles, fica nítido o movimento das duas ondas.

Como é possível ver, em apenas nove entes federativos o indicador permanece em queda. Um deles é o Distrito Federal, que hoje tem uma média móvel em torno de 20, menos da metade do pico da primeira onda, 44, e praticamente um quarto do pico da segunda – de 78 óbitos, em média, a cada 24 horas.

Por outro lado, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo e Santa Catarina mostram sinais de estabilização, em patamar superior ao pico da primeira onda.

No Rio de Janeiro, por exemplo, a média registrada em 24 de maio foi de 216. Ela oscila em torno desse patamar desde 13 de maio, quando foi de 206, o ponto mais baixo depois do auge da segunda onda – quando chegou a 288. O ápice da primeira foi de 215.

“Infelizmente, a pandemia aqui no Brasil não está controlada”, resume o médico infectologista e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) Julival Ribeiro. Mesmo assim, prossegue ele, “as medidas vêm sendo relaxadas e temos uma grande preocupação de que ocorra um aumento do número de casos, ou mesmo uma terceira onda de mortes”.

Um outro grupo de sete estados mostra sinais de que a queda na média móvel de mortes já terminou em um patamar menor do que o pico da primeira onda, mas ainda em um nível elevado. São eles Alagoas, Amapá, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Roraima.

“O afrouxamento das medidas restritivas é tudo que o vírus precisa”, explica Ribeiro. Ele aponta que, somado a isso, a predominância de novas cepas mais contagiosas também favorece uma possível terceira onda da doença. Ele cita a nova variante indiana, que pode ter chegado ao Maranhão. “Hoje já se vê aumento nas internações em UTIs em alguns lugares”, conclui.

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