“PT não tem que se meter”, diz vice-presidente do partido sobre blocão de Lira
Quaquá ainda alfinetou Gleisi Hoffmann ao chamar de “bobagem” tentativa de interferência da presidente do PT em bloco de Lira
atualizado
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Billy Boss/Câmara dos Deputados
Vice-presidente do PT, o deputado federal Washington Quaquá (RJ) afirmou nessa quinta-feira (13/14) que a legenda não tem que inferir na formação de blocos na Câmara dos Deputados, como o “blocão” formado pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).
A fala é uma alfinetada na presidente da sigla, Gleisi Hoffmann (PR), que buscou os comandos do PDT e do PSB, partidos que integram a base governista, para que eles formassem um bloco com o PT na Câmara.
“Eu acho uma bobagem [a tentativa de Gleisi]. Não devemos nos meter em bloco da Câmara. Se os blocos têm partidos que integram a base o governo, não temos que nos meter. É uma bobagem o PT operar para fazer ou desfazer bloco. PT tem que ficar neutro. Cabe a nós defender o governo”, disse ao Metrópoles.
A tentativa de Gleisi ocorreu horas antes do anúncio do bloco de Lira, com 173 deputados, uma federação partidária e outros sete partidos, incluindo o PDT e o PSB. A informação foi publicada pela coluna de Mariana Carneiro, do Estadão.
Perguntado se a postura de Gleisi pode causar indisposição com Lira, Quaquá disse apenas que “não é conveniente”. Os dois líderes petistas não se dão bem. Em fevereiro, a presidente do PT criticou uma foto do colega com o ex-ministro da Saúde e deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ). “Tudo tem limites”, disse na ocasião. A fala gerou uma série de manifestações de Quaquá nas redes sociais.
Lira iniciou articulação para formar um bloco na Câmara depois que foi anunciado um bloco formado pelo MDB, PSD, PSC, Podemos e Republicanos, com 142 deputados e, naquele momento, o maior da Casa. Um bloco com mais de 170 deputados fortalece Lira e dá força às siglas que integram o grupo na Casa.
Enquanto isso, a federação PT-PCdoB-PV tem 81 deputados. O governo tem enfrentado dificuldade na formação de uma base no Congresso, mesmo com a distribuição de cargos do primeiro escalão. O União Brasil, por exemplo, tem três ministérios, mas se diz independente.
