Soraya Thronicke rebate Guedes: “Não está cuidando da casa dele”
A senadora, que votou contra o veto para reajuste de servidores públicos, criticou o tratamento dado pelo ministro aos parlamentares
atualizado
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A senadora Soraya Thronicke (PSL-MS), uma das principais defensora do governo de Jair Bolsonaro, criticou o ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta sexta-feira (21/08), pela forma como o ministro tratou os senadores após a votação do veto ao congelamento de salários de servidores públicos.
Guedes classificou como “desastre” a votação no Senado da quarta-feira (19/08), que rejeitou o veto do presidente em um anotação apertada (42 votos pela rejeição e 30 pela manutenção).
O ministro ainda apontou que o impacto potencial da medida era de até R$ 120 bilhões. Após articulação do governo, a Câmara reverteu o resultado e manteve o veto.
Thronicke foi uma das aliadas do governo que votou a favor da derrubada dos vetos. Por meio das redes sociais ela reagiu: “A sorte do ministro Paulo Guedes é que os senadores são bem mais polidos do que ele”, escreveu ela no Twitter.
A parlamentar complementou afirmando que Guedes não vai escapar da reprimenda. “Irresponsabilidade tem limites, e ele não está cuidando da economia da casa dele. Estamos tratando de um país!”
A sorte do Min. Paulo Guedes é que os Senadores são bem mais polidos do que ele.
Mesmo assim esse Sr não vai escapar da reprimenda, pois irresponsabilidade tem limites, e ele não está cuidando da economia da casa dele. Estamos tratando de um país!
— Soraya Thronicke (@SorayaThronicke) August 21, 2020
Na quinta, a senadora já havia compartilhado trecho de fala do ministro no qual ele afirma que “médicos, policiais militares, enfermeiros, todo mundo que estiver na linha de frente de combate deve ser uma exceção a qualquer, digamos assim, impedimento de aumento de salário”.
… E conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará.
João 8:32 pic.twitter.com/98Xm7Z7rnB
— Soraya Thronicke (@SorayaThronicke) August 20, 2020
O trecho vetado impedia reajustes salariais e contagem de tempo de serviço para profissionais da linha de frente do combate à pandemia de Covid-19. As exceções chegaram a ser defendidas pelo próprio presidente Jair Bolsonaro, mas ele recuou depois de ser convencido por Guedes, que alegou impactos financeiros exorbitantes.