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“Sofremos cortes diários de energia elétrica”, diz governador de RR

Segundo Denarium foi acertado com Bolsonaro prioridade dos investimentos no setor para que o estado deixe de depender da Venezuela

atualizado

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Antonio Cruz/Agência Brasil
Antonio Denarium
1 de 1 Antonio Denarium - Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O governador de Roraima, Antônio Denarium (PSL), afirmou neste domingo (24/2), em coletiva de imprensa, que foi determinada a urgência na construção do linhão de Tucuruí, que vai permitir interligar o estado ao sistema elétrico nacional. Atualmente, Roraima depende do fornecimento de energia por parte da Venezuela e o agravamento da crise política no país vizinho tem prejudicado a oferta do serviço.

“Com esse agravamento da crise política na Venezuela, nós já estamos tendo alguns cortes durante o dia, no fornecimento [de energia]”, afirmou. Segundo Denarium, em uma reunião por videoconferência com o presidente Jair Bolsonaro (PSL), na última sexta-feira (22), ficou acertado a prioridade dos investimentos no setor para que o estado deixe de depender da compra de energia da Venezuela.

“Já teve um alinhamento, por parte do governo do estado de Roraima com o presidente Bolsonaro, sobre a construção do linhão de Turcuruí. Fizemos uma reunião e ficou determinada a urgência”, informou o governador.

Roraima é o única Unidade da Federação que não está interligada ao sistema elétrico nacional. Desde julho de 2001, grande parte do estado, incluindo a capital, Boa Vista, é suprida por energia elétrica proveniente da Venezuela, por meio de um sistema de transmissão situado parte em território venezuelano, parte em brasileiro.

O contrato da Eletronorte com a Corpoelec, empresa encarregada do setor elétrico na Venezuela, prevê o fornecimento de até 200 megawatts (MW) para a empresa de distribuição de energia local, Eletrobras Distribuição Roraima. O prazo final do contrato é 2021 e, até o momento, a empresa não manifestou interesse em renová-lo. Desde 2010, a Corpoelec passou a reduzir o montante de energia exportada, trazendo dificuldades ao atendimento do mercado do estado de Roraima.

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