Senador pede prisão de Dominguetti por falso testemunho à CPI da Covid

Alessandro Vieira destacou que o áudio apresentado pelo depoente foi editado e que ele apresentou teses fantasiosas

Marcelo Montanini ,
Victor Fuzeira
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O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) pediu, nesta quinta-feira (1°/7), a prisão de Luiz Paulo Dominguetti Pereira, representante da Davati Medical Supply no Brasil, por falso testemunho à CPI da Covid.

“Peço que o presidente [da CPI da Covid, Omar Aziz] a avalie a prisão em flagrante por falso testemunho”, sugeriu Vieira. O vice-presidente da CPI da Covid, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que está interinamente na presidência, disse que o pedido será deliberado.

O senador disse, durante a inquirição, que o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), realizou ata notarial em um cartório da Asa Norte e que, no documento, consta que a áudio de setembro de 2020 foi editado e não se tratava de negociação de vacinas, como sugerido por Dominguetti. “O senhor tem a gravidade do que está fazendo?”, indagou.

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Luiz Dominguetti na CPI da Covid
Luiz Dominguetti na CPI da Covid
Luiz Dominguetti na CPI da Covid
Luiz Dominguetti na CPI da Covid-19, no Senado
Luiz Dominguetti, representante da Davati
Dominguetti denunciou suposto pedido de propina por parte de integrante do Ministério da Saúde
Luiz Dominguetti na CPI da Covid
Luiz Dominguetti é ouvido na CPI da Covid
Dominguetti chega à CPI
Depoimento de Dominguetti foi antecipado
Senador Flávio Bolsonaro na CPI da Covid

Vieira lembrou que, em 1992, durante a CPI Collorgate, houve a “Operação Uruguaiu”, quando um cidadão compareceu ao colegiado “para tentar de forma fantasiosa desviar o foco da investigação”.

“O senhor se presta ao mesmo papel. O senhor fez uma denúncia gravíssima, que não foi negada pelo governo, de que se exigiu o pagamento de propina. Não vou entrar no mérito que houve estelionato, picaretagem”, afirmou o senador.

Além do suposto falso testemunho, Dominguetti teria cometido o crime de prevaricação – por ser policial e não dar voz de prisão ao ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias quando este supostamente lhe pediu propina por vacinas.

Dominguetti afirmou à jornalista Constança Rezende, do jornal Folha de S.Paulo que o então diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, durante um jantar no restaurante Vasto, no Brasília Shopping, região central da capital federal, teria pedido a propina de US$ 1 por dose de vacina, no dia 25 de fevereiro. Dias foi exonerado nessa quarta-feira (30/6).

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