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Senado: Flávio Bolsonaro pedirá para Republicanos deixar bloco do MDB

Senador ainda alfinetou parlamentares femininas da Casa e foi acusado de “ironias machistas” pela senador Eliziane Gama

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Flávio Bolsonaro
1 de 1 Flávio Bolsonaro - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O senador Flávio Bolsonaro (RJ) vai pedir a saída do partido Republicanos do Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil, que a sigla integra em conjunto com o MDB e o Progressistas (PP). O filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que levará o pedido ao líder da legenda no Senado Federal, o senador Mecias de Jesus (RR).

“Vou conversar com meu líder, do Republicanos, e vamos estudar a saída do Republicanos do bloco ligado ao MDB. Falta de prestígio total”, lamentou, durante sessão de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga governos no combate da pandemia da Covid-19.

Flávio criticou o fato de o líder do MDB, Eduardo Braga (AM), não o ter consultado para saber quais nomes deveria indicar para integrar a CPI.

Ele é contra Renan Calheiros (MDB-AL) na relatoria, por entender que o senador é suspeito para investigar estados, uma vez que é pai de Renan Filho, governador de Alagoas.

“Primeiro, quero dirigir a palavra ao senador Eduardo Braga, que é o presidente do meu bloco. Lamento muito não ter sido consultado, fiquei sabendo pela imprensa. O senhor se ‘autoindicou’ e indicou dois senadores que têm vínculos familiares com governadores”, completou.

“Ironia machista”

Flávio Bolsonaro ainda aproveitou para alfinetar as senadoras da Casa. “As mulheres já foram mais respeitadas e mais indignadas, estão fora da CPI e se conformam de não estarem nela”, disse.

A fala provocou reação da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), que integra a CPI. A parlamentar classificou a postura de Flávio como “ironia machista” e se indignou com a manifestação. “Chegar empurrando a porta, batendo o pé na porta, não é a única forma de se indignar. As mulheres têm, com muita eficiência, se indignado, inclusive, agora com essa inação do governo federal na pandemia”, respondeu.

“Eu, Eliziane Gama, e nenhuma de nós senadoras, irá admitir ironia machista em relação às mulheres. Não admito isso, questionar a nossa indignação. Eu, como mulher, não aceito isso de vossa excelência e de nenhum outro senador”, defendeu.

De imediato, Flávio respondeu que “defende as mulheres”. “Eu defendi a participação das mulheres na CPI. [Houve uma] Tentativa de se construir uma narrativa sobre machismo, defendi a participação das mulheres na CPI e fui acusado de ser machista”, disse.

 

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