metropoles.com

Relator diz que evitou a saída de adversários de Cunha do Conselho

No momento em que o relator encerrou a fase, a “tropa de choque” do peemedebista protestou e, sob orientação do próprio Cunha, anunciou que vai recorrer ao presidente interino da Casa

atualizado

Compartilhar notícia

Agência Câmara
marcos-rogerio-46
1 de 1 marcos-rogerio-46 - Foto: Agência Câmara

Ao encerrar a fase de instrução do processo por quebra de decoro contra o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o relator Marcos Rogério (DEM-RO) disse que o colegiado deu fim à estratégia dos aliados do peemedebista de tirar seus adversários da votação final. “A instrução está encerrada hoje, sem margem para manobra”, declarou Rogério.

Pela regra, ao declarar o fim da fase de instrução, o processo de Cunha passa a trancar a pauta do conselho, assim novas representações não podem ter início. Desta forma, a representação encaminhada à Mesa Diretora nessa quarta, 18, pelo Solidariedade contra Júlio Delgado (PSB) e o pedido de abertura de processo contra o presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PR-BA), não poderão ter andamento enquanto não houver o desfecho do caso Cunha.

No momento em que o relator encerrou a fase, a “tropa de choque” do peemedebista protestou e, sob orientação do próprio Cunha, anunciou que vai recorrer ao presidente interino da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA).

Na avaliação do relator, no depoimento, Cunha tentou desqualificar os membros do conselho. Rogério também concluiu que o peemedebista procurou limitar o depoimento na questão se tinha ou não conta não declarada na Suíça, não esclareceu o significado de ser “beneficiário” do truste e as vantagens desse tipo de negócio. O deputado afastado não deixou claro quem era o garantidor da conta de sua esposa, Claudia Cruz, titular do cartão de crédito ao qual ele tinha um cartão adicional. “A autoridade Suíça diz que tem conta”, lembrou o relator.

Ao final da sessão, o tucano Betinho Gomes (PE) afirmou que Cunha tinha contas no exterior e as omitiu. Ele pregou a cassação do peemedebista. “Temos elementos suficientes para confirmar uma posição severa (contra o peemedebista)”, declarou

Contestação

A relatoria de Rogério foi uma das primeiras coisas a serem contestadas por Cunha, que apontou seu impedimento, já que hoje ele faz parte do DEM, partido que integra o bloco do PMDB e não poderia cumprir tal função. A discordância dos adversários se deve ao fato de Rogério ter sido indicado ao colegiado pelo PDT, seu antigo partido, que cedeu a vaga a ele. O objetivo da contestação, destacou o relator, é fazer com que o processo seja reaberto e volte à estaca zero. “Aqui é manobra em cima de manobra. Eles não querem enfrentar os fatos”, comentou.

Rogério indicou que pode incluir no parecer final a imputação de recebimento de vantagem indevida, como pedem os autores da representação (Rede e PSOL). Diante dessa possibilidade, a defesa de Cunha protestou do prazo de apenas cinco dias úteis para se manifestar e insistiu que novas acusações não poderiam entrar no processo. “Não é inovação nenhuma a possibilidade de apreciação de vantagens indevidas e corrupção passiva”, declarou o relator.

Agora, Rogério terá 10 dias úteis para apresentar seu relatório. Ele pretende concluir seu trabalho até o dia 30 deste mês.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?