Promotoria faz 70 perguntas a Léo Pinheiro sobre tríplex, mas ele se cala

O inquérito mostra que a construção do Solaris, inicialmente, era de responsabilidade da Cooperativa Habitacional dos Bancários do Estado de São Paulo (Bancoop)

Estadão Conteúdo
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O empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, ficou em silêncio nesta quinta-feira, 3, diante dos promotores de Justiça que investigam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o tríplex do Condomínio Solaris, no Guarujá. Pelo menos 70 perguntas foram feitas ao empresário, mas ele se calou.

Os promotores investigam se o ex-presidente é o verdadeiro proprietário do imóvel no litoral. A defesa do petista nega.

O inquérito mostra que a construção do Solaris, inicialmente, era de responsabilidade da Cooperativa Habitacional dos Bancários do Estado de São Paulo (Bancoop). Depois, o empreendimento foi assumido pela OAS, empreiteira alvo da Operação Lava Jato por formação de cartel na Petrobras entre 2004 e 2014. Léo Pinheiro é próximo de Lula e da família do petista.

Em Curitiba, base da missão Lava Jato, os procuradores e a Polícia Federal investigam se a OAS bancou reformas e melhorias no sítio Santa Bárbara, localizado no município de Atibaia (SP) e frequentado por Lula e familiares.

Em São Paulo, promotores criminais do Ministério Público do Estado investigam o tríplex do Guarujá. Eles pretendiam tomar o depoimento de Lula nesta quinta, 3, mas o ex-presidente não atendeu a intimação e mandou explicações por escrito.

Léo Pinheiro já é réu da Lava Jato. Em uma ação penal ele pegou 16 anos e quatro meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Atualmente, ele admite fazer delação premiada, ante a iminência de ir para a prisão se o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4) confirmar a sentença imposta pelo juiz Sérgio Moro, da Lava Jato.

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