Posse de Lula não teve tradicionais tiros de canhão. Saiba motivo

Tiros de canhão na posse foram instituídos durante proclamação da República. Mudança visa evitar danos a pessoas com deficiência e animais

Ana Flávia Castro
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A cerimônia de posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), neste domingo (1º/1), não contou com a tradicional salva de 21 tiros de canhão marcando o início da solenidade, após a passagem do chefe do Executivo pelo Congresso Nacional. A mudança foi adotada a pedido da primeira-dama, Rosângela Silva, a Janja.

De acordo com ela, que coordenou a equipe do novo governo responsável pelo evento de posse, a decisão tem como objetivo preservar pessoas com deficiência e animais que podem ter transtornos com ruídos excessivos.

Ela tinha antecipado a possibilidade ainda durante a transição de governo.

Janja explicou que a solicitação partiu de entidades ligadas a pessoas com deficiência e no espectro autista, e também por organizações em defesa dos direitos dos animais.

“A gente teve uma demanda que foi a questão dos barulhos que possam perturbar pessoas com deficiência, especificamente fogos de artifício e a salva de tiros de canhão programada para a posse”, explicou Janja, em declaração à imprensa no início de dezembro.

Tradição

A tradicional salva de 21 tiros de canhão é realizada pelo 32º Grupo de Artilharia de Campanha e foi instituída durante a proclamação da República.

A honraria também faz parte do protocolo das sessões de abertura e encerramento dos trabalhos legislativos e judiciários, e também é replicada aos chefes de Estado de outros países em visita à capital federal.

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