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PGR denuncia Arthur Lira, líder do Centrão, por propina de R$ 1,6 milhão

Baseado na Operação Lava Jato, indiciamento aponta que ele recebeu o valor da empreiteira Queiroz Galvão

atualizado

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Arthur Lira
1 de 1 Arthur Lira - Foto: Divulgação

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou, nesta sexta-feira (05/06), o deputado federal Arthur Lira (PP-AL), líder do chamado “Centrão”, por corrupção passiva. Oferecida ao Supremo Tribunal Federal (STF), as acusações se baseiam nas investigações da Operação Lava Jato.

O relatório aponta que Lira teria recebido quase R$ 1,6 milhão, em duas etapas, como propina da empreiteira Queiroz Galvão para que o partido dele apoiasse a permanência de outro alvo da Lava Jato, Paulo Roberto Costa, como diretor de Abastecimento da Petrobras. O dinheiro, em espécie, teria sido recebido por um assessor do parlamentar e operacionalizado pelo doleiro Alberto Youssef.

Lira teria integrado, segundo a PGR, o “núcleo político de organização criminosa formada por lideranças de outros partidos da então base governamental para cometimento de uma miríade de delitos”. O esquema envolveria a indicação de cargos não só na Petrobras como também na Caixa Econômica Federal e no Ministério das Cidades.

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A Polícia Federal (PF) também investigava, no mesmo caso, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) e o deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) — a PGR, contudo, não encontrou indícios suficientes de que o dinheiro tenha chegado aos dois e determinou, portanto, o arquivamento em relação a eles.

Além dos parlamentares, a PGR também indiciou, por lavagem de dinheiro, doleiros e um executivo da empreiteira.

Em nota, o advogado Pierpaolo Bottini, que representa Lira, disse que os colaboradores da Lava Jato tentam “reiteradamente” envolvê-lo em ilícitos porque ele faria parte de um grupo que, na liderança do PP, “afastou Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef do partido”.

“O doleiro diz que Arthur Lira recebeu valores indevidos por meio de um operador chamado Ceará, mas esse último – também colaborador – desmente tal versão em dois depoimentos. O próprio STF reconheceu as inverdades de Youssef em outros depoimentos contra a Arthur Lira. Fundamentar uma denúncia nas palavras desse doleiro é premiar um ato de vingança contra alguém que se postou contra suas práticas”, sustenta o advogado.

Centrão

Taxado publicamente de fisiologista, o Centrão está em movimento de aproximação com o governo Jair Bolsonaro (sem partido) e já indicou nomes ligados aos partidos que o integram para cargos na administração federal. O intuito do presidente é ampliar sua base de apoio no Congresso para frear derrotas e um eventual pedido de impeachment. É do PP, por exemplo, a indicação de Marcelo Lopes da Ponte para o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) — Marcelo era chefe de gabinete de Ciro Nogueira.

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