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Petroleiros prometem “maior greve da história” se privatização avançar

Fala é dura reação do setor às recentes declarações do presidente e da equipe econômica, que querem avançar na desestatização da Petrobras

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Gasolina - Crise - Petrobras
1 de 1 Gasolina - Crise - Petrobras - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, afirmou que, caso o presidente Jair Bolsonaro (PL) “ouse pautar a privatização da Petrobras”, a categoria entrará imediatamente em greve. O petroleiro frisou ainda que esta seria “a maior greve da história da categoria”.

“Em vez de buscar um bode expiatório para enganar a população, fingindo preocupação, Bolsonaro deveria assumir o papel de mandatário e acabar com essa política de preços covarde, que vem levando o povo cada vez mais à miséria. Bolsonaro: você vai ver a maior greve da história da categoria petroleira caso ouse pautar a privatização da Petrobras”, defendeu o representante da categoria.

A fala é uma dura reação do setor às recentes declarações do presidente e de sua equipe econômica, que sinalizaram, nos últimos dias, a intenção de desenvolver estudos sobre a desestatização da empresa. Interlocutores apontam que a ida de Adolfo Sachsida para o Ministério de Minas e Energia seria uma estratégia para dar celeridade aos levantamentos.

O economista é um dos braços direitos do ministro da Economia, Paulo Guedes, e assume o comando da pasta após a exoneração de Bento Costa Lima Leite de Albuquerque, que foi retirado da chefia do ministério frente à insatisfação de Bolsonaro com as medidas para frear as altas recorrentes nos preços dos combustíveis.

Em sua primeira fala como ministro, Sachsida defendeu que pautará sua gestão na prioridade de ações para privatização da estatal. “Meu primeiro ato como ministro será solicitar ao ministro Paulo Guedes, presidente do Conselho do PPI, que leve ao conselho a inclusão da Petrobras no PND [Programa Nacional de Desestatização] para avaliar as alternativas para sua desestatização”, declarou.

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Mesmo com as recentes sinalizações, a avaliação do Palácio do Planalto e do próprio setor é que a privatização não será fácil e que, além disso, há forte resistência do Congresso Nacional, em especial do Senado Federal, em deliberar sobre o tema neste momento.

Nessa quinta-feira (12/5), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que a desestatização “não está no radar”. O senador ainda reconheceu a importância da Petrobras como ativo nacional. “Temos que reconhecer que estatal é ativo nacional, é uma empresa bem-sucedida que precisa ser valorizada”, disse.

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