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Para observadores, ataque ao TSE não comprometeu segurança das eleições

Relatório divulgado por missão nacional aponta “falha técnica” do sistema de divulgação, contudo sem efeito no resultado das urnas

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tse eleicoes 2020 brasil telao TSE
1 de 1 tse eleicoes 2020 brasil telao TSE - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Um relatório preliminar da Missão de Observação Eleitoral Nacional 2020 – Transparência Eleitoral Brasil, que acompanhou o processo eleitoral neste ano, concluiu que o atraso na totalização de votos no primeiro turno das eleições municipais não comprometeu a lisura do resultado. E classificou o episódio como uma “falha técnica”, sem qualquer impacto no sistema de votação.

“Não se pode falar em deslegitimação do resultado, mas somente em falha técnica que resultou no atraso da divulgação dos eleitos. Considera-se que o episódio não teve maior impacto sobre o sistema de votação, não comprometendo a sua validade”, destacou o relatório divulgado nesta segunda-feira (7/12).

O documento aponta que, no primeiro turno, os resultados parciais não foram divulgados em tempo real por causa do problema técnico. Explica que a questão do atraso alcançou a totalização dos votos no TSE e não a transmissão de dados dos centros de votação e dos TREs.

“O resultado final do primeiro turno foi divulgado no mesmo dia, mas com atraso de pouco mais de 2h. Já no segundo turno, os resultados foram divulgados pouco tempo depois do fechamento das urnas, em tempo real, suprindo o ocorrido no primeiro turno”, destaca o texto.

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Ministro Luís Roberto Barroso defende o voto eletrônico
Ministro Luís Roberto Barroso é integrante do STF e presidente do TSE
TSE está no centro do embroglio
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Ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE

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Acompanhamento

Os observadores acompanharam as eleições a partir de cinco capitais (Belém, Fortaleza, João Pessoa, Belo Horizonte e Curitiba). O trabalho foi realizado por voluntários por meio do acordo assinado com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e é classificado como projeto piloto para a implantação da observação eleitoral nacional como rotina para todas as eleições que forem realizadas no país.

“Considera-se que o atraso causado pela sobrecarga do sistema não teve consequências para a legitimidade dos resultados, que foram posteriormente consolidados no sistema do TSE ao longo da semana que se seguiu. Também se julga que o TSE agiu de forma devida para administrar a situação, a partir de esclarecimentos contínuos, transparência e atenção ao combate à desinformação, que rapidamente surgiu nas redes sociais”, destaca o texto.

“A partir da Missão de Observação Eleitoral Nacional e com o diagnóstico preliminar sobre o que foi observado contido neste relatório, em geral, a organização e o desenvolvimento das eleições 2020 foram bem sucedidas, mesmo em um contexto de pandemia”, concluiu o relatório.

O atraso da divulgação dos resultados no primeiro turno gerou uma série de questionamentos sobre a segurança do sistema de votação no país e um inquérito foi instaurado para identificar os responsáveis pelos ataques realizados virtuais contra o TSE. Nesse contexto, um suspeito de invadir o sistema chegou se ser preso, em Portugal, antes da realização do segundo turno, que transcorreu dentro da normalidade.

A segurança do sistema também passou a ser questionada tanto pelo presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores, que chegaram a realizar uma manifestação no domingo, pedindo a volta do voto impresso.

 

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