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Novo fecha questão pela Previdência, mas nega integrar base do governo

Bancada do partido na Câmara tem oito deputados e apoia inclusive mudanças no BPC e aposentadoria rural, que têm causado atrito com partidos

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Michael Melo/Metrópoles
João Amoêdo em entrevista ao Metrópoles
1 de 1 João Amoêdo em entrevista ao Metrópoles - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Em mais uma agenda de conversas com partidos pela aprovação de reforma da Previdência, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) recebeu líderes do partido Novo na tarde desta quarta-feira (10/4) no Palácio do Planalto. O presidente da sigla e candidato a presidente em 2018, João Amoêdo, afirmou que a reunião foi “produtiva e franca” e que o partido vai fechar questão na Câmara a favor da proposta.

“É a bancada que integralmente apoia a reforma e a gente se colocou à disposição do presidente para ajudar ainda mais nesse processo”, afirmou Amoêdo. A bancada do Partido Novo na Câmara conta com oito deputados. Segundo o presidente da agremiação, o partido é a favor da integralidade da proposta, inclusive as mudanças sugeridas na aposentadoria rural e no Benefício de Prestação Continuada (BPC), pontos que têm sido criticados por praticamente todos os partidos.

Amoêdo, no entanto, negou que a sigla vai fazer parte da base governista na Câmara dos Deputados. “O Novo será sempre independente. Mas, aquelas pautas que forem a favor do Brasil, a favor do crescimento, da gente realmente ajudar quem mais precisa, o Novo sempre votará a favor”, disse o presidente da sigla, que destacou que as pautas liberais economicamente serão encampadas pelos parlamentares da agremiação.

Ele também defendeu as mudanças nas regras criticadas pelos deputados, dizendo que a renda será melhor distribuída com as mudanças propostas pela equipe do ministério da Economia, liderada por Paulo Guedes. Amoêdo também disse que o partido seria ainda mais “agressivo” na proposta.

“Fomos o primeiro partido a declarar abertamente apoio à nova Previdência. Obviamente que nós queríamos também conhecer melhor o texto, e agora com o texto em discussão estamos defendendo ele”, complementou o líder do partido na Câmara, Marcel Van Hattem (RS).

“Mais presente”
Amoêdo disse ainda que Bolsonaro sinalizou que estará “mais presente” na divulgação do texto. O presidente não disse quem seria o responsável por fazer uma articulação na Câmara, mas que o Novo se ofereceu para ajudar na questão.

“Ele nos sinalizou que vai estar mais presente e vai estar falando bastante sobre Previdência. Inclusive foi um pedido nosso, dado que ele tem toda a votação que ele teve, ele está empoderado por isso, então por isso ele deveria ser o principal divulgador disso”, completou Amoêdo.

Nesta segunda, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), renunciou ao papel de articulador da Previdência na Casa. Com a ausência de uma figura para articular uma base de apoio entre os deputados, Maia tinha começado a desempenhar o papel, mas demonstrou impaciência com as criticas em relação à “velha política” por parte do Planalto. Bolsonaro e Maia chegaram a protagonizar um bate-boca público.

Questionado, Maia negou alguma espécie de mágoa com o governo: “De jeito nenhum”. Mas também não vou ficar no meio dessa briga levando pancada da base do presidente. Não vou ser mulher de malandro, ficar apanhando e achar bom”, disse o presidente da Casa.

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