Na COP 26, Bolsonaro quer mais cooperação e menos crítica na área ambiental
O presidente disse que enviará o ministro Ricardo Salles ao evento, que ocorrerá no Reino Unido
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro disse que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, será o representante do governo na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, marcada para o próximo ano no Reino Unido e que o tom do Brasil no evento será de pedir cooperação em vez de críticas dos demais países.
Em sua transmissão ao vivo por meio das redes sociais, ao lado do ministro, o presidente reclamou dos que criticam a política ambiental brasileira, principalmente em relação a preservação da Amazônia.
“A Amazônia é nossa. Há interesse nosso em preservar a Amazônia. Tem países que nos criticam. Nós dizemos a esses países que nós queremos cooperar. Queremos preservar, como o Brasil é o país que mais preserva o meio ambiente. E nós vamos ter no ano que vem a COP-24 [na verdade, é a COP-26, a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas], no Reino Unido. Alguma coisa sobre isso?”
O ministro, por sua vez, disse que palpites, sem “colocar dinheiro” não são bem-vindos.
“E muitos dos que nos criticam podem por a mão no bolso e colocar recursos para ajudar. Dar palpite de graça é fácil, agora colocar dinheiro em cima da mesa, em valores compatíveis com a magnitude do problema, é outra história”, disse Salles.
“Nós estamos abertos à cooperação com todos os países, que respeitam, por sua vez, a soberania brasileira. Essa cooperação tem que ser sempre em termos concretos, quer dizer, a gente até discute, ouve discursos e tal, mas tem que ter recursos em cima da mesa. Quer dizer, a pessoa vir aqui, o grupo, países, enfim, iniciativas, colocar recursos para nos ajudar. Só crítica de graça não adianta, tem que vir recurso também”, disse.
Salles argumentou que o desmatamento no Brasil nos anos de 2004 e 2005 era três vezes maior do que foram esse ano de 2019 e 2020 e acusou governos petistas de desmatar mais que o atual governo.
“Governo do presidente Lula, Marina Silva era ministra de Meio Ambiente, três vezes mais. Iniciou-se um trabalho, reduziu o desmatamento até para os menores índices da história, que são em 2012. De 2012 em diante, portanto ainda no governo do PT, o desmatamento volta a subir”, declarou.