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Mourão sobre discursos de Bolsonaro: “Muita coisa pode ser dita de forma mais polida”

Vice-presidente admitiu que existe uma “retórica forte” dentro do governo, mas não há ações nem espaço “para golpe”

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
bolsonaro e mourao
1 de 1 bolsonaro e mourao - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), disse nesta segunda-feira (13/9) que muitas das declarações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) poderiam ser ditas “de forma mais polida”.

Durante entrevista à Rádio Gaúcha, Mourão disse que, atualmente, existe uma “retórica forte” por parte do governo, mas que não há ações voltadas nesse sentido. Segundo ele, apesar dos discursos, “não espaço para golpe em 2021”.

“Eu disse que a retórica é do nosso governo, não coloquei só nos ombros do presidente essa responsabilidade. Eu julgo que muita coisa pode ser dita de forma mais polida. Você pode defender as suas ideias com veemência, mas sem ultrapassar determinados limites éticos no relacionamento entre Poderes. Eu acho que isso é o que a gente tem que buscar nesse momento”, afirmou o vice-presidente.

Na última semana, após voltar a fazer ameaças ao Supremo Tribunal Federal (STF), durante o feriado de 7 de Setembro, Bolsonaro publicou uma carta em tom conciliatório, onde afirma que não teve “intenção de agredir quaisquer dos Poderes”.

No documento, divulgado na última quinta-feira (9/9), Bolsonaro disse que boa parte das divergências com o Supremo, por exemplo, “decorrem de conflitos de entendimento acerca das decisões adotadas pelo ministro Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito das fake news”.

Moraes é relator do inquérito e, no mês passado, determinou a inclusão do presidente para apurar a divulgação de notícias falsas sobre o atual sistema eleitoral por parte do chefe do Executivo federal.

“Mas na vida pública as pessoas que exercem o poder não têm o direito de ‘esticar a corda’ a ponto de prejudicar a vida dos brasileiros e sua economia”, pontuou o presidente.

Nas manifestações de 7 de setembro, Bolsonaro afirmou, em discurso inflado, que não cumpriria mais decisões judiciais do ministro Alexandre de Moraes.

“Qualquer decisão do senhor Alexandre de Moraes, este presidente não mais cumprirá. A paciência do nosso povo já se esgotou, ele tem tempo ainda de pedir o seu boné e ir cuidar da sua vida. Ele, para nós, não existe mais”, declarou.

Durante os atos, o presidente também fez declarações em tom de ameaça ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux. “Ou o chefe desse poder enquadra o seu [Alexandre de Moraes] ou esse poder pode sofrer aquilo que nós não queremos”, disse.

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