Malafaia critica Silveira por ceder a Moraes: “É um frouxo arregão”

Deputado carioca decidiu colocar tornozeleira após decisão do ministro do STF, que impôs multa, bloqueio de contas e abriu novo inquérito

Mariah Aquino
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Depois de decisão do ministro Alexandre de Moraes, que impôs multa diária de R$ 15 mil e bloqueou contas bancárias, o deputado Daniel Silveira recuou e decidiu instalar a tornozeleira eletrônica. A desistência pôs fim ao isolamento feito pelo parlamentar na Câmara dos Deputados, onde se refugiou para não ser alcançado por autoridades policiais.

As reações já começam a aparecer. O pastor Silas Malafaia afirmou estar envergonhado e, nas redes sociais, chamou Silveira de “frouxo arregão”.

Vejs:

Silveira volta a atacar Moraes

“Vou para o meu apartamento para dormir e vou colocar essa tornozeleira para agradar [Moraes]. Ele gosta tanto dessa tornozeleira que ele devia pegar uma para ele”, disse Silveira sobre o ministro do STF.

Segundo o parlamentar, a determinação de “sequestro de bens” e “bloqueio de conta” o levou a recuar e obedecer ao Supremo. “Não tenho caixinha de corrupção, não tenho secretaria, não tenho carguinho aqui e acolá. Então, é meu salário. Se vai tentar atingir a minha família, vou ter que me submeter a uma ilegalidade”, explicou.

Silveira ainda criticou o presidente da Câmara, Arthur Lira, que, para ele, não percebeu que “vai abrir uma precedência contra mais 512 deputados, porque legalmente, taxativamente, tem que pautar antes no plenário, os deputados decidirem se a imposição da cautelar está legal, aceitável, ou não”.

Mesmo cedendo às determinações, Silveira voltou a atacar Moraes, a quem chamou de “pessoa fraca, frustrada” e que “o Brasil tem que entender que ele é um inimigo em comum da nação”.

“A decisão de bloquear bens foi uma medida ilegal e que, quando um ministro do STF faz isso, abre precedentes contra os parlamentares da Câmara dos Deputados”, prosseguiu o deputado.

“Estranha e esdrúxula situação”

Na decisão que apertou o cerco ao congressista, Moraes também determinou que caberá ao deputado Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, determinar dia e horário para instalação da tornozeleira. O ministro abriu novo inquérito para apurar a conduta de desobediência do parlamentar.

Moraes descreveu a ação de Daniel Silveira como “estranha e esdrúxula” e afirmou que o deputado usa o Parlamento como “covil de réus foragidos da Justiça”.

“Não só estranha e esdrúxula situação, mas também de duvidosa inteligência a opção do réu, pois o mesmo terminou por cercear sua liberdade aos limites arquitetônicos da Câmara dos Deputados, situação muito mais drástica do que àquela prevista em decisão judicial”, destacou, na decisão.

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