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Maia sobre Bolsonaro: “Na hora da verdade, a coragem não é tão grande”

O presidente da Câmara ironizou o discurso negacionista do presidente da República que disse outrora que não compraria a vacina chinesa

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
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1 de 1 Rodrigo Maia-Previdência-destaques - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ironizou, nesta segunda-feira (18/1), a postura do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em relação à Coronavac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, ao longo dos últimos meses.

Segundo Maia, faltou coragem a Bolsonaro, que havia adotado um discurso contra a “vacina chinesa” contra a Covid-19, mas no final autorizou a compra.

“O presidente da República disse várias vezes que não compraria a vacina chinesa, que quem manda era ele, mas na hora da verdade a coragem não é tão grande. É corajoso até o uma parte da história. Apesar do papelão do [ministro da Saúde, Eduardo] Pazuello agora querendo capturar o tema da vacina, pelo menos eles compraram”, declarou Maia em uma coletiva de imprensa.

Antes, o presidente da Câmara comentou a possibilidade de instaurar no futuro uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as ações do governo federal durante a pandemia da Covid-19.

Mais cedo, em primeiro comentário sobre a aprovação para uso emergencial de duas vacinas contra a Covid-19, Bolsonaro disse a apoiadores que a vacina é do Brasil e tentou desvinculá-la do governador de São Paulo, João Doria (PSDB). “A vacina é do Brasil, tá? Não é de nenhum governador não, é do Brasil”, disse ele.

Maia havia dito, na última semana, em entrevista ao Metrópoles, que a questão da vacinação poderia ser motivo para impeachment de Bolsonaro em poucos meses, mas que isso caberia ao novo presidente da Câmara.

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