Maia diz que não era candidato à reeleição e cobra retomada das votações

Supremo Tribunal Federal (STF) ratificou o impedimento de reeleição no Congresso, no domingo (6/12)

Marcelo Montanini
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Um dia depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) ratificar o impedimento de reeleição no Congresso, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que nunca teve a intenção de disputar a reeleição da Casa, e cobrou do governo Bolsonaro a retomada das votações de temas importantes.

“O governo vai poder voltar para votação daquilo que é importante para Câmara e Senado. O governo se voltou para minha situação e esqueceu do que era fundamental”, disse Maia, em entrevista à GloboNews. Ele citou a PEC Emergencial como pauta prioritária para o momento.

“Acabaram as desculpas, a eleição acabou. Não sou candidato à Câmara e vamos aproveitar as próximas semanas para garantir o equilíbrio fiscal para os próximos 24 meses”, acrescentou.

O parlamentar disse que respeita a decisão da Corte e defendeu que o candidato precisa preservar a autonomia da Casa. “A Câmara precisa ser independente, harmônica no diálogo com os outros poderes. Esse movimento da Câmara livre começou em 2019 e precisa continuar”, disse.

Maia citou os deputados Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), Baleia Rossi (MDB-SP), Elmar Nascimento (DEM-BA), Luciano Bivar (PSL-PE) e Marcos Pereira (Republicanos-SP) como candidatos do seu campo.

STF

O STF decidiu, neste domingo (6/12), que os presidentes do Senado e da Câmara não podem se candidatar à reeleição em 2021. As escolhas internas das Casas ocorrem em 1º de fevereiro do próximo ano.

A votação na Suprema Corte se encerra na próxima segunda-feira (14/12). Até lá, os ministros podem mudar de posição.

O artigo 57 da Constituição Federal diz que é vedada a recondução de presidentes da Câmara e do Senado para o mesmo cargo dentro de uma mesma legislatura.

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