Leia o manifesto da Fiesp que pede pacificação entre os Poderes
Divulgação do texto foi antecipada pelo colunista Igor Gadelha, do Metrópoles. Material leva a assinatura de 250 entidades
atualizado
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A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) divulgou um manifesto, nesta sexta-feira (10/9), em que expressa a independência e harmonia entre os Poderes Legislativo, Judiciário e Executivo.
“O momento exige de todos serenidade, diálogo, pacificação política, estabilidade institucional e, sobretudo, foco em ações e medidas urgentes e necessárias para que o Brasil supere a pandemia, volte a crescer de forma sustentada e continue a gerar empregos”, assinala o texto.
A divulgação do manifesto pela pacificação entre os poderes foi antecipada pelo colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, na noite dessa quinta-feira (9/9).
O texto foi publicado no site da Fiesp e nos principais jornais do país e leva a assinatura de cerca de 250 entidades. O manifesto seria divulgado na semana passada, mas a publicação foi adiada após a Caixa Econômica e o Banco do Brasil ameaçarem deixar a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), caso a entidade assinasse o documento.
O novo texto não leva a assinatura da Febraban.
A publicação ocorre após Bolsonaro divulgar “declaração à nação”, na qual recuou dos ataques contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com quem conversou por telefone.
Leia a íntegra do manifesto:
“A representação arquitetônica da Praça dos Três Poderes expressa a independência e a harmonia entre o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Essa é a essência da República. O espaço foi construído formando um triângulo equilátero. Os vértices são os edifícios-sede de cada um dos Poderes.
Essa disposição deixa claro que nenhum dos prédios é superior em importância, nenhum invade o limite dos outros, um não pode prescindir dos demais. Em resumo, a harmonia entre eles tem de ser a regra. Esse princípio está presente de forma clara na Constituição Federal, pilar do ordenamento jurídico do país. Diante disso, é primordial que todos os ocupantes de cargos relevantes da República sigam o que a Constituição impõe.
As entidades da sociedade civil que assinam este manifesto veem com grande preocupação a escalada da tensão entre as autoridades públicas. O momento exige de todos serenidade, diálogo, pacificação política, estabilidade institucional e, sobretudo, foco em ações e medidas urgentes e necessárias para que o Brasil supere a pandemia, volte a crescer de forma sustentada e continue a gerar empregos. Esta mensagem não se dirige a nenhum dos Poderes especificamente, mas a todos simultaneamente, pois a responsabilidade é conjunta.
Mais do que nunca o momento exige aproximação e cooperação entre Legislativo, Executivo e Judiciário. É preciso que cada um atue com responsabilidade nos limites de sua competência, obedecidos os preceitos estabelecidos em nossa Carta Magna. Esse é o anseio da Nação brasileira.”