Janja se diz mais atacada que Lula nas redes: “Terrível experiência”

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, afirmou, em discurso no Senado, ser o "principal alvo de mentiras e ataques nas redes"

atualizado 08/03/2023 12:46

Imagem colorida mostra Lula e Janja descem rampa no Planalto de mãos dadas - Metrópoles Hugo Barreto/Metrópoles

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, afirmou, nesta quarta-feira (8/3), que tem sido o “principal alvo de mentiras, ataque à honra e ameaça nas redes” do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A socióloga, que recebeu homenagem no Senado em comemoração ao Dia Internacional das Mulheres, se disse mais atacada, inclusive, que o próprio presidente.

“Sei que muitas de vocês passam pela mesma situação e terrível experiência de ter seu nome, corpo e vida expostos de forma mentirosa”, disse a primeira-dama ao receber o Diploma Bertha Luz das mãos do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Na ocasião, também discursou contra a violência de gênero e cobrou “um basta” na questão. “A questão de violência contra mulher é inadmissível, inacreditável. Precisamos dar um basta. Parem de matar nossas mulheres. Nenhuma de nós com medo, todas nós na política”, enfatizou.

Antes, Pacheco havia defendido que “apesar de muitos avanços, não podemos nos esquecer dos grandes obstáculos que persistem ao atingimento da igualdade de gênero em nossa sociedade”. O senador citou exemplos como a diminuição da ainda sub-representação feminina na política, a redução de desigualdades no mercado de trabalho e o combate à violência contra a mulher.

Outra mulher homenageada com o diploma foi a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber. A ministra classificou como “projeto de permanente construção” a reafirmação do direito das mulheres à igualdade de tratamento e de acesso aos espaços decisórios.

“Em uma sociedade marcada pelo machismo estrutural, edificaram-se as estruturas procedimentais e de tomada decisão de modo a não considerar a mulher como um ator político institucional relevante no projeto democrático constitucional”, destacou a presidente da Corte.

Diploma Bertha Luz

O Diploma Bertha Lutz premia anualmente mulheres e homens que tenham oferecido contribuição relevante à defesa dos direitos da mulher e questões de gênero no Brasil, em qualquer área de atuação.

Além de Janja e Weber, foram agraciadas: a diretora-geral do Senado, Ilana Trombka; a diretora-executiva do Instituto Igarapé, Ilona Szabo; e Nilza Zacarias, jornalista e uma das coordenadoras da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito.

Também receberão o diploma, in memoriam, Clara Filipa Camarão, uma indígena da etnia potiguara que liderou um grupo de mulheres contra as invasões holandesas no século 17, em Pernambuco, e a jornalista Glória Maria. Os nomes foram indicados pela bancada feminina no Senado.

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