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Heleno sobre sargento preso: “Não aceito acusações de incompetência”

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) participa de sessão conjunta das comissões de Relações Exteriores e Direitos Humanos

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Ministro Augusto Heleno, do GSI, de terno e gravata. Ao fundo o que parece ser uma tela azul | Metrópoles
1 de 1 Ministro Augusto Heleno, do GSI, de terno e gravata. Ao fundo o que parece ser uma tela azul | Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, disse nesta quarta-feira (10/07/2019), na Comissão Mista de Relações Exteriores e de Direitos Humanos, que não vai aceitar acusações de incompetência.

Heleno defendeu o GSI das críticas após a prisão do segundo-sargento da Força Aérea Brasileira (FAB) Manoel Silva Rodrigues, flagrado com 39 quilos de cocaína na Espanha. “O avião dele não era alvo de revista do GSI”, completou.

“Jamais tivemos qualquer incidente com o presidente da República. Não aceito qualquer acusação de incompetência. Há 80 anos fazemos a segurança do presidente e a coisa mais grave que ocorreu foi uma machadada em um ônibus do ex-presidente José Sarney, no Rio de Janeiro, e sequer ele estava no veículo”, rebateu.

O ministro minimizou a fala do presidente Jair Bolsonaro (PSL) de que o sargento deveria ter sido flagrado na Indonésia, onde o crime é punido com pena de morte. “É uma declaração de desabafo pela vergonha que passamos. O país está acostumado a passar vergonha há 20 anos”, concluiu.

Heleno, no entanto, admitiu que o sargento conseguiu burlar o esquema de segurança. “As questões de vida pregressa, de salário, de apartamento e de participação de outras pessoas, que até o momento não temos notícia, estão sendo investigadas pelo inquérito policial militar”, observou.

Críticas de parlamentares
A deputada Erika Kokay (PT-DF) lamentou o sargento não ter sido flagrado no Brasil. “Não foi coisa de azar, isso é de uma gravidade institucional sem tamanho. Qual sistema de segurança se tem? Foram 39 quilos de cocaína em um avião presidencial”, criticou, ao dizer que é preciso responsabilizar os culpados.

No mesmo tom, o deputado David Miranda (PSol-RJ) questionou quais eram as atribuições do sargento e quais foram as providências tomadas após o caso. “Precisamos ter essa questão esclarecida”, ressaltou.

Ao longo da comissão, houve desentendimentos entre deputados por alguns abordarem assuntos que não faziam parte da pauta, como o pacote anticrime do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e vazamentos de conversas do ex-juiz com procuradores da Lava Jato.

Entenda o caso
Rodrigues foi preso no aeroporto de Sevilha, na Espanha, no mês passado. Ele estava com a comitiva da Presidência que acompanhava Jair Bolsonaro (PSL) no encontro da cúpula do G20, em Osaka, no Japão.

O militar está em uma cadeia pública da Espanha, onde aguarda julgamento. A situação é apurada por meio de um Inquérito Policial Militar (IPM) instaurado pela FAB. Se condenado, o sargento será excluído da Aeronáutica.

Após o episódio, o almirante Carlos Augusto Amaral Oliveira, representante do comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro-do-ar Antônio Carlos Moretti Bermudez, disse que haverá mudanças nos protocolos de segurança, mas não adiantou detalhes.

“É lógico que ele burlou o esquema de segurança”, resumiu. O almirante disse que o sargento entrou na FAB em 2000 e, desde então, não houve nenhuma ocorrência contra o comportamento dele. “Tudo está sendo apurado e os envolvidos serão punidos”, concluiu.

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