O Progressistas encerrou, nesta quarta-feira (15/3), as negociações com o União Brasil pela criação de uma federação entre os dois partidos. O mais provável é que as siglas se unam na Câmara dos Deputados para formação de um bloco parlamentar, enquanto no Senado Federal não há perspectiva de atuação conjunta das bancadas.
O anúncio foi feito pelo presidente nacional da legenda, Ciro Nogueira (PI), nas redes sociais. “No que diz respeito ao Progressistas, encerramos as discussões para formação de federação junto com o partido União Brasil”, declarou o ex-ministro e senador.
A intenção de criar um superpartido chegou ao fim em razão de divergências entre as cúpulas partidárias. O Metrópoles apurou que o rompimento partiu do União Brasil, que tem tido dificuldades para se acomodar no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A composição heterogênea da legenda leva parlamentares a integrarem tanto a oposição ao petista quanto sua base no Congresso Nacional.
Conforme noticiado pelo colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, lideranças de ambos detectaram movimentos do Palácio do Planalto para frustrar a federação partidária. Dirigentes dizem que Lula estaria articulando com Davi Alcolumbre (União-AP) para brecar a tentativa.
As tratativas para a federação também não saíram do papel em razão de desentendimentos entre os dois partidos em alguns estados. Entre eles, Pernambuco, Rio de Janeiro e Acre. Outro fator que tem atrapalhado o avanço das negociações é a resistência do atual presidente nacional do União, deputado Luciano Bivar (PE), que teme perder poderes com o movimento.