Entre vaias e gritos de “mito”, Bolsonaro faz passeio por Aparecida

O presidente assistiu à missa em homenagem à padroeira do Brasil, em Aparecida, no Vale do Paraíba

Luciana Lima
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Ao chegar ao Santuário Nacional de Aparecida, no Vale do Paraíba, na tarde desta terça-feira (12/10), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) caminhou e cumprimentou a multidão que se concentrou nos arredores da Basílica, nesta terça-feira (12/10), dia da padroeira do Brasil.

Para conter a multidão, policiais militares precisaram fazer um cordão de isolamento ao redor de toda a comitiva do presidente, que percorreu parte do trajeto a pé, e outra parte, de carro com abertura no teto.

Ao longo da caminhada, Bolsonaro foi saudado por gritos de “mito”, em apoio, mas também houve vaias e xingamentos. No vídeo transmitido pela própria equipe do presidente, Bolsonaro é chamado de “genocida”, “ladrão” e “assassino”. Houve ainda gritos de “Fora, Bolsonaro”.

Veja:

Após a cerimônia, o presidente foi até à praça, em frente à igreja e, ao lado do arcebispo de Aparecida, dom Orlando Brandes, também acenou para os fiéis que se concentravam do lado de fora da Basílica de Nossa Senhora Aparecida.

De máscara, Bolsonaro cumprimentou o público. Na missa, o mandatário fez a primeira leitura bíblica, do Livro de Ester, que compõe o Antigo Testamento, e a Consagração a Nossa Senhora Aparecida.

Bolsonaro desembarcou em Aparecida no início da tarde, de helicóptero, para comparecer à missa das 14h. Na chegada, ele foi recebido por um grupo de apoiadores. Um outro grupo o vaiou.

A cerimônia foi conduzida pelo arcebispo de Aparecida, dom Orlando Brandes. Acompanharam Bolsonaro os ministros da Cidadania, João Roma, e da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes.

Antes da chegada de Bolsonaro, dom Orlando Brandes fez críticas ao momento atual do Brasil durante seu sermão na missa pelo Dia de Nossa Senhora Aparecida. Em discurso na Basílica de Aparecida, no interior de São Paulo, o religioso disse que o povo precisa abraçar as crianças, os pobres, os índios e autoridades “para construir um Brasil pátria amada”. Sem citar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ele disse que “para ser pátria amada, não pode ser pátria armada”.

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