Em meio ao impasse da espera da sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, André Mendonça voltou a pregar em igrejas evangélicas. O ex-advogado-geral da União foi até a Assembleia de Deus de Madureira e retomou as atividades de pastor no último domingo (12/9).
Segundo informações da coluna de Carolina Brígido, do Uol, ao lado de Mendonça estava o líder da bancada da Bíblia, o deputado federal Cezinha de Madureira (PSD-SP), e Samuel Ferreira, o herdeiro do templo. O local é frequentado por políticos influentes, como o presidente Jair Bolsonaro e o ex-deputado Eduardo Cunha.
Neste domingo (19/9), o ex-advogado-geral da União pregará na Comunidade das Nações, em Brasília, em companhia do bispo JB Carvalho, apoiador de Bolsonaro. O bispo acompanhou um grupo de evangélicos que foi ao Palácio do Planalto pedir para Bolsonaro tentar agilizar a sabatina de Mendonça na CCJ do Senado.
Desde a aposentadoria de Marco Aurélio Mello em julho, a espera desse rito de passagem para uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF) segue como a mais longa da história.
Como parte da estratégia para estrear na Suprema Corte, Mendonça tentou o beija-mão dos senadores no Congresso Nacional logo que foi indicado, mas percebeu que não seria suficiente. Voltou-se então para a motivação original de sua indicação: ser “terrivelmente evangélico”, de acordo com Bolsonaro, e voltou para a igreja.
Nessa quarta (15/9) um grupo de pastores se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro para tentar destravar a indicação de Mendonça ao STF na comissão.
Em troca de apoio no Congresso, o candidato ao Supremo declarou devoção aos líderes evangélicos durante o culto do último domingo.
Além disso, conversou com cinco ministros do STF no início da semana na tentativa de estreitar a relação: Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Luiz Fux, Ricardo Lewandowski e Kassio Nunes Marques.
Como forma de tentar pressionar o presidente da CCJ do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), a pautar a sabatina de Mendonça, lideranças evangélicas cobraram do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que tentasse convencer o colega.